terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

SEGREDO DE ESTADO...



Isto de escrever tem muito que se lhe diga...

Umas vezes não temos tempo, outras vezes falta-nos a inspiração...então para quem lê (se é que alguém lê!!), as coisas ditas podem ser uma seca ou, pelo contrário, podem até ser interessantes... depende de um grande número de factores...

Estive a lêr o meu último post... e realmente, bem... quando nos saem coisas da cabeça em enxurrada, nem sempre são as mais interessantes para outros lerem...

A verdade é que, se quando o escrevi, aquilo me pareceu fazer um sentido incrível, agora, cheguei a meio e desisti de o lêr...because it’s so boringggggg!!!! Huááá!!!...

Bom, sendo assim, hoje decidi postar uma coisa bem mais importante....já a fiz seguir por e-mail para os amigos mais próximos, por ser mesmo importante!!!....

Mas como considero que é demasiado importante para se manter em segredo, decidi expôr a todos esta situação altamente sigilosa...a prova do conluio dos diversos governos no que diz respeito à destruição da humanidade por seres superiores...

Vejam este VÍDEO...à vossa própria conta e risco...


(nota: é um video em QuickTime, por isso alguns computadores irão dar indicações para instalar esse leitor, ou para o associar a algumas aplicações se já o tiverem instalado, sigam as instruções que acharem indicadas...)

Se viram o video, podem confirmar o quão tão perto da aniquilação total estamos...quanto mais não seja pelo susto de vermos um ser tão monstruoso ao vivo....

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Especialização



Desde puto que me sentia relativamente preocupado com o facto do Mainstream relativo à obtenção do sucesso financeiro e social, implicaria a aquisição de um diploma universitário ou profissionalizante...de um papel que diria que eu era bom numa ou outra actividade, e que seria essa actividade que eu deveria exercer para o resto da minha vida profissional.

Ora, esse puto, cuja mente fervilhava com uma atitude revolucionária, própria da idade, considerava essa ideia extremamente redutora. Aliás, ainda considero, porque, apesar dos anos que passaram, a mente continua a fervilhar...

Porque razão não poderia ser bom em várias coisas? Porque razão teria de perder o meu tempo a garantir um diploma que apenas serviria para me absorver num único vector de conhecimento?...

E, seria válido e inteligente que a forma de nos reconhecerem e certificarem competências fosse através dum papel, sendo ainda por cima atribuído por outros indivíduos cujas competências reais são, muitas vezes, duvidosas?... bem, menos mal, no mundo bovino é por uma queimadura no rabo...


...Bom...

Parece-me, de uma forma generalizada, que a especialização acaba por ser uma faca de dois gumes. Quem nunca esteve perante o conflito interior de achar que nunca deveria ter enveredado pelo curso que escolheu, ou pela profissão que exerce?...um conflito perfeitamente normal se colocarmos o curso e a profissão em primeiro lugar, como sendo o objectivo principal da nossa existência, e não os considerarmos como deveriam ser considerados: - apenas uma parte da nossa vida que nos permite viver em relativo luxo, comparativamente à média da população mundial... isto se não gostarmos mesmo do que fazemos, o que me parece coisa cada vez mais rara...

Ao especializarmo-nos neste ou naquele tema, temos tendência a desprezar os restantes, quer por falta do tempo que nos é exigido ao realizarmos as tarefas da própria especialização, quer pelo sentimento corporativista inato, que provêm dos instintos primários de grupo e que nos fecha a mente a ideias diferentes, mas muitas vezes demasiado importantes para serem desprezadas.

Ora a consequência directa da focalização numa única disciplina, é a dificuldade de adaptabilidade a novas e diferentes circunstâncias, sendo quanto mais difícil quanto mais especializado for o indivíduo.

Se seguirmos a premissa de que todas as estruturas e sistemas se organizam a partir de uma mesma forma de base, podemos extrapolar para a realidade humana as consequências que um qualquer animal especializado enfrenta perante a reorganização e/ou destruição do sistema para o qual foi ‘desenhado’, e perante a amplificação da competitividade que surge quando a população de indivíduos em competição directa, aumenta.

Poderia dar imensos exemplos, mas existem dois ou três que me ocorrem de momento:

A Chita. Este felino encontra-se em via de extinção por causa, em grande parte, da incrível especialização em velocidade, e por terem sido desprezados factores de competitividade directa com outros animais de topo de cadeia alimentar, na sua evolução natural.
Estes animais atingem velocidades explosivas de até 120 Km/h, o que para caçar é decisivo, apesar do enorme dispêndio energético desta característica.
No seu processo evolutivo utilizou a velocidade como factor preponderante na caça e logo, na sua sobrevivência. No entanto, com a diminuição de habitats e de variedade de presas encontra-se agora a competir directamente com animais de topo da cadeia alimentar, uns de maior porte (leões) e outros que utilizam o grupo como factor de ‘força’ (hienas), sendo frequentemente observável o roubo de presas e mesmo a morte de chitas quando em confronto directo com essas espécies.


Como todos sabemos o Panda alimenta-se quase exclusivamente de bambus e, dentro destas plantas, apenas de alguns géneros. A redução dos seus habitats com a consequente destruição de florestas de bambus, empurra estes animais para a beira da extinção.

Outro exemplo refere-se à observação de um declínio acentuado nas populações de anfíbios, nomeadamente, dos encontrados nas áreas entre os trópicos. O
Bufo Periglenes (sapo dourado) foi um dos primeiros a ‘desaparecer’ dos registos anuais em 1989. Pensa-se que este declínio se deve à grande sensibilidade desta classe taxonometrica às mudanças atmosféricas e de radiação ultra-violeta que temos vindo a presenciar.

Estes exemplos são evidências da falta de adaptabilidade destes e de muitos outros animais, perante as rápidas alterações dos sistemas ambientais onde vivem. Não tem tempo para serem ‘moldados’ pela Evolução Natural. A extinção de espécies é uma circunstância normal na estrutura natural. Trata-se da aleatoriedade dos sistemas e trata-se da adaptabilidade dos indivíduos a essa aleatoriedade.

Só por curiosidade, existe um exemplo de incrível adaptabilidade que leva a que esse animal, pouco lembrado, se encontre frequentemente junto dos humanos. A carpa Koi, ou o vulgar peixinho vermelho de água doce dos nossos aquários e laguinhos de jardim, tal como o conhecemos.

Estes peixes aguentam grandes variações térmicas, de acidez, oxigenação e salinidade da água, (e não variações químicas induzidas artificialmente - lixivias, cloro, etc.-, que são o factor principal de não os aguentarmos mais do que um mês num aquário cheio de água da torneira) o que leva a que sejam actualmente um dos animais mais disseminados pelo mundo inteiro. Existem outros, e curiosamente, ou não, todos eles surgem em ambientes humanos. Baratas, ratos, ratazanas, cães, gatos, pardais, pombos, etc. O que todos têm em comum? Adaptabilidade elevada.

Se o Homem tem obtido sucesso enquanto espécie, deve-se, sem dúvida alguma, à sua grande capacidade de adaptação aos diversos ambientes existentes no planeta, e, agora, mesmo extra-planeta.
No entanto, esta grande capacidade de adaptabilidade aos diferentes habitats naturais começa a desvanecer-se perante uma escala cada vez maior. Diminui-se o valor absoluto das variáveis ‘tempo’ e ‘espaço’ e tudo se modifica.

Falo da escala anual/mensal/semanal e mesmo diária a que somos sujeitos, bem como a área a que essa adaptabilidade está subordinada: Cidade/Rua/Local de trabalho e casa.

Dou-vos alguns exemplos de falências individuais e de grupo devido à especialização.

Temos o caso de empresas que se especializam a produzir produtos apenas para outras empresas, como é o caso da indústria automóvel. Na falência da indústria maior, as restantes são automaticamente eliminadas em efeito de cascata. Tal como se verifica entre animais simbióticos.

Temos a indústria petrolífera que se debate e utiliza todos os meios para combater a mudança de paradigma a que estamos a assistir. A mudança para as energias alternativas. Tal como o Panda com a falta de recursos.

A nível nacional temos como exemplo a indústria de calçado e têxtil que há 40 anos tinha quase exclusivamente como mercado, o interno, que se estendia às ex-colónias, e sem grandes interferências do exterior. Se até 1974 o universo de consumidores era bastante elevado, depois dessa data apenas se resumia aos 8/10 milhões de habitantes que éramos, com a gravidade de com o tempo as restantes economias exteriores começarem a competir directamente com a nossa. Tal como as Chitas.

Á escala individual, lembro-me de um exemplo em particular muito curioso: As companhias de caminho de ferro até aproximadamente à década de 40 do século XX utilizavam quase exclusivamente a locomotiva a vapor. Em menos de 10 anos o paradigma alterou-se totalmente com a introdução da locomotiva eléctrica. Os maquinistas viram-se perante algo completamente diferente com o qual não conseguiram lidar nem compreender totalmente, ficando muitos dos profissionais do sector sem capacidade de continuar a exercer a sua profissão.

Este tipo de situação é observável mesmo neste momento, bastando para o efeito olharmos para o lado no nosso local de trabalho. Todas as pessoas que entraram para, p.ex., a área administrativa até 1985/90, encontram-se em extremas dificuldades perante a mudança de paradigma que é a passagem da máquina de escrever para o ‘Word’ e do telefax para o ‘E-mail’. E mesmo aquelas que de certa forma se tentaram adaptar, continuam, diariamente, com extrema dificuldade em acompanhar as constantes mudanças informáticas, pois a estrutura mental que criaram ao longo da vida, não se coaduna aos novos modelos informáticos existentes, dificuldade que, para quem cresceu com computadores em casa, quase não existe.

Parece-me então mais válido atribuir valores e credenciais elevadas, (não sob a forma de um papel que atesta que alguém ‘se embebedou’ em informação especifica) a quem é polivalente e adaptável, pois serão esses indivíduos que, graças a uma mente aberta e a um nível alto de conhecimentos mais abrangentes, estarão em melhores condições de enfrentarem problemas diversos e os resolverem com uma maior eficiência

Bem, deixo-vos com o Peter, esperando que consigam resolver e perceber, melhor do que ele, os problemas com que nos deparamos diariamente...espero que compreendam a metáfora...até breve!