quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A HISTÓRIA DE TIAGO CAPITÃO...



...contada por ...
...ADOLFO LUXURIA CANIBAL...
(verbalizada - ligar som , cerrem os olhos e voem para o cenário da história...)


Deveria estar a fazer qualquer coisa útil, mas não... passei a noite a reviver as surrealistas histórias macabro-burlescas de Adolfo Luxúria Canibal e dos Mão Morta.

Mais uma revisita a uma pós adolescência intelectualmente conturbada, mas cujas memórias deixam doces nostalgias de uma estranha construção de identidade... uma volúpia de recordações do que sou...

...recordações que contêm pessoas e acontecimentos que nunca serão esquecidos pelo seu significado na história de um passageiro transgressor de normas legisladas em assembleias de hordas de vampiros sugadores de ideologias....

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

TER FILHOS...


Muitas vezes aqui o meu cérebro fica como em standby mode, sem grande capacidade para pensar e muito menos com a capacidade de transmitir neurologicamente sejam que instruções forem aos meus dedos para que dedilhem o teclado do computador…

É certo que essa apatia intelectual é muitas das vezes fruto de um work, que já por si é passado entre 7 a 8 horas sentado em frente a um ecrã e teclado, deixando-nos num estado vegetativo que incapacita qualquer um de pensar e fazer seja o que for depois das 18h00…

Custa-me imaginar como será ter filhos nestas condições… a maior parte do pessoal da minha geração já os teve individualmente ou aos pares, e aquilo que me fazem transparecer é a grande dificuldade que sentiram em termos de tempo, finanças e, fundamentalmente, em termos de paciência… por outro lado, e apesar do stress que um puto nos traz, existe, segundo quem os teve, um certa dose de prazer e satisfação em os ter…

Ora, eu, hoje, impossibilitado que estou de imaginar seja o que for, decidi recorrer a um dos meus catalizadores de ideias… o Stewie… e, para não variar, encontrei a expressão de tudo o que os meus amigos dizem sobre o que é ter um puto…

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Revive...

Numa onda revivalista hoje, em dia de chuva intensa, apetece-me fazer um pequeno refresh de memoria e retornar uns meses atrás para relembrar uma pequena ‘grande’ viagem…

Isto vai servir ainda para criar uma certa invejazinha a um gajo que anda lá por Cambridge e que diz que consegue altas viagens por 1 euro… pois bem… vê lá se consegues passear por 4 países em 10 dias enquanto desfrutas de um hotel flutuante que é mais uma cidade flutuante do que outra coisa… deixo umas imagens, cuja qualidade não é a melhor uma vez que foi uma montagem muito rápida, mas que serve para deixar água na boca a quem estiver a pensar fazer um cruise

...pois façam-no, se tiverem a oportunidade não a deixem escapar…


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Black Hole

Ontem, sem querer, apercebi-me que um ano já tinha passado sem realmente ter dado por isso.

Esfumou-se...

Ao fazer um pequeno zapping na TV deparei-me com um documentário interessante no canal História sobre a queda do Muro de Berlim... precisamente há um ano, pelo 30º Aniversário desse evento, escrevi uma série de posts sobre o assunto.

Parece que esses posts foram escritos há um mês.

Na realidade, e agora que penso no assunto, durante este último ano sucedeu-se uma série de situações que deveriam ter ficado cerebralmente ‘memorizadas’ como eventos importantes na vida de uma pessoa e... não ficaram.

Parece-me agora que estes momentos recentes são apenas como tantos outros que ocorreram ao longo dos meus anos de vida e que se encontram diluídos num tempo que cada vez passa mais rápido.

Outros momentos existem na minha memória que, nem de perto nem de longe, deveriam ter o significado de algumas das coisas que ocorreram no último ano, mas que me parecem mil vezes mais vincados na minha mente como muito importantes... como foi o estudo da história do Muro de Berlim p.ex.

Esta estranha sensação leva-me por vezes a pensar se o comportamento que adoptei nos últimos anos tem sido o mais acertado.

Coloquei de lado aqueles pensamentos racionalistas de planeamento exaustivo antes das acções a tomar, e comecei a deixar-me levar pelos impulsos momentâneos sem pensar muito nas consequências futuras de médio e longo prazo, o que, provavelmente, terá sido o factor do que me leva agora a relativizar os acontecimentos pessoais que se têm sucedido.

A verdade é que, de um ponto de vista diário, sinto-me se calhar mais leve, sem dúvida...

Mas, por outro lado, sinto que de certa forma perdi uma identidade, uma identidade de auto-construção e também de identificação com uma determinada tipologia Humana, como se tivesse parado de crescer intelectualmente e socialmente.

Sinto que perdi ligações... cortei um cordão umbilical que me ligava a mim próprio, para me deixar cair num mundo de mortos-vivos...num mundo de indiferença por aquilo que considero os verdadeiros valores Humanos.

Vivo como um 'peixe' numa corrente de um rio que transporta outros tantos 'peixes' cujo único objectivo é sobreviver sem demasiadas perguntas... eu não sou assim porra! Eu não sou um mero 'salmão' que vai fazer a desova a montante e morre!

Mas olho à minha volta e só vejo cérebros betumificados. Quero saltar fora, mas para onde?

Os acontecimentos ocorrem sem a importância que deveria dar, como num filme corrido em que apenas sou um mero espectador. Tudo me parece efémero e verdadeiramente sem a importância que deveria ter.

Em certas alturas paro e pergunto-me se ainda estou por aqui... e se estou, será que continuo a desejar estar?...

Estes pensamentos podem ser demonstrativos do inicio de uma certa ‘patologia’, mas esforço-me para que não sejam expressões disso... como já sabes a escrita para mim é uma forma de expiar os ‘demónios interiores’ e serve como catalisador de um equilíbrio interno.

O que descrevo é o que sinto, disso não tenho dúvida.... mas dai a pensar em coisas mais maradas e 'negras' vai um longo, mesmo longo, caminho.

..é apenas um desabafo...