MR. LOPEZ MEETS MR. AYERS

Há uns tempos atrás, nas minhas deambulações pelos canais de televisão, apanhei uma história do 60 Minutes da CBS, que me deixou a pensar na fragilidade humana e, ao mesmo tempo, na nossa capacidade de integração dos elementos 'excluídos'... se bem que essa integração muitas vezes só é possível com a ajudazinha de uma 'mão' amiga influente ou com interesse próprio... a sério, já tentei e tento evitar tais pensamentos, mas não consigo mesmo deixar de pensar que o altruísmo não existe, sendo apenas uma forma de egoísmo camuflado... mas isso é outra história.

Bom...

Esta história, que aqui só irei tocar superficialmente (podem utilizar este link para a CBS, para a lerem na integra em inglês, caso não consigam ver a reportagem ali embaixo), é um verdadeiro 'mito urbano' que deixou de o ser assim que Mr. Steve Lopez encontrou o Mr. Nathaniel Ayers num banco de jardim.

O primeiro, colunista do L.A. Times, com falta de inspiração, decidiu procurá-la nas ruas e parques da cidade.

E lá estava Mr. Ayers, um homeless que tocava violoncelo como se de um músico clássico se tratasse, não para ganhar umas moedas, mas para si próprio, para satisfazer a sua necessidade de música.

A doença mental, Esquizofrenia Paranóica, levou-o às ruas. A história de Mr. Ayers é significativa e lembra-nos de como o controle sobre a nossa própria vida não passa de uma mera ilusão.

Esse homem, que em jovem seguia um percurso de vida que o levaria a um sucesso garantido na área da música clássica, face às suas excelentes notas numa das mais conceituadas Escolas de Música dos EUA e que garantir-lhe-iam um lugar numa orquestra de ponta, ‘habitava’ agora as ruas de L.A. devido a uma doença mental progressiva que destruiu todos os seus sonhos e objectivos.

Uma doença mental acabou com os sonhos de Mr. Ayers. Aliás acabou com tudo o que Mr. Ayers era. Mas não acabou com a sua sensibilidade e necessidade de música. E apesar da doença, que socialmente o ‘atirou’ para uma situação desagradável, a música clássica manteve-se quase como uma forma terapêutica para o seu estado mental…

Mr. Lopez torna-se amigo de Mr. Ayers e escreve, ao longo de algumas colunas em edições do L.A. Times, a história de um homem cuja vida parece sair de um filme… não saiu, mas tornou-se.

A história foi contemplada por inúmeras pessoas, e por ser tão extraordinária e incrível, foi passada para o grande ecrã no filme deste ano “The Soloist”, com Jamie Foxx, e Robert Downey Jr .

Não me vou alongar, ao contrário do que é habitual, porque na verdade uma imagem vale por mil palavras... vejam a reportagem (12 minutinhos apenas) do 60 minutes da CBS que consegui encontrar nessa coisa espantosa que é o YouTube, e não deixem de pensar na nossa pequenez…

SATURN V


Saturno V…


…a máquina mais poderosa, alguma vez construída pelo Homem…
…a máquina que levou o Homem a outro local do Universo…


…tão ‘infernal’ e no entanto, tão bela…


…todos aqueles da minha geração e das gerações posteriores têm, no seu imaginário infantil, a imagem do foguetão cujas chamas se propagavam pela parte inferior da sua estrutura…quem nunca o desenhou quando era criança?...

...esta é a máquina que produziu essa imagem…


…mas todo o imaginário têm a sua componente real, e esta é a componente real dessa máquina:

Estas imagens não são de nenhum filme de ficção cientifica, embora o barulho e o efeito visual assim o deixem entender... são reais e são de testes aos motores do S-1C (primeiro estágio do foguete e o mais potente). Verifiquem a enorme potencia desses motores, através do efeito produzido na humidade junto ao solo nas primeiras imagens…


Simplesmente poderoso!


Quase que diria que no dia em que fizeram estes testes, os motores, cujo o escape foi deflectido para a horizontal, empurraram a Terra na sua rotação (ou a travaram!!)


Os números são estonteantes:


- 110,6 metros de altura
- 10,1 metros de diâmetro
- 3.038.500 Kg de massa (3.038 toneladas)
- 7.648.000 Lbf/s (1.057.730,93 Kgf.m/s) de impulsão que equivale a 14.098 Cv o mesmo que 14.000 automóveis de 100 Cv todos a puxar ao mesmo tempo à potência máxima!!
- 118 toneladas de carga
- 13 lançamentos sem falhas

...e para terem uma noção das dimensões vejam a foto...

Esta é a tecnologia dos anos 60 do Século XX, pura e dura…a macro tecnologia, suja e bruta, que foi ultrapassada (mas não substituída!!) pela micro tecnologia da informática, mais limpa e ‘inteligente’. Irá, no entanto, ser recordada e, quem sabe, a ser necessária novamente…

40 Anos após… APOLLO XI

Faz hoje, 16 de Julho, 40 anos que a Humanidade saiu deste bocado de terra e água, a Terra, para tentar pisar outro lugar … a Lua…

Daqui a 4 dias, em 20 de Julho de 1969, toda a Humanidade estaria sentada frente à televisão e da rádio para testemunhar o primeiro ser humano a pisar outro local deste enorme universo.

Três homens, Neil Amstrong, Edwing Aldrin e Michael Collins, partiam ás 13h32, hora da Florida, do Cabo Canaveral, para esta viagem espantosa…

Mas para estes homens chegarem onde chegaram, outros como eles testaram, morreram (Apollo 1) e voaram à volta da Lua (Apollo 8), no programa Apollo.

O que poucos se lembram, é que depois da Apollo 11 ainda foram efectuadas mais 6 missões Apollo com o intuito de pousar na Lua, tendo 5 tido sucesso nesse intuito:
Apollo 12, Apollo 14, Apollo 15, Apollo 16 e Apollo 17

A missão Apollo 13 não obteve sucesso, mas terá sido, depois da Apolo 11, aquela que mais fama detêm, devido ao suspense em que manteve toda a civilização durante o período de regresso à Terra, devido a um incidente que destruiu praticamente todos os sistemas de vida do modulo de serviço. Esta missão foi ainda imortalizada no filme “Apollo 13” que todos nós nos lembramos de ver nos tempos recentes.

Não irei falar muito mais deste grande feito Humano, até porque existem inúmeros pontos de interesse histórico por onde poderia começar a escrever um verdadeiro livro…

No entanto, não posso deixar de referir dois dos homens mais importantes na realização deste feito:
- John F. Kennedy, o Presidente visionário que ordenou literalmente a ida à Lua, ‘not because they are easy, but because they are hard”… (o discurso está no link)

- Wernher Magnus Maximilian von Braun, o criador da visão, o criador da máquina mais poderosa alguma vez criada pelo Homem, o Saturno V. Depois desse foguetão, não existiu nenhuma outra máquina tão poderosa…

Este último foi também o criador das más afamadas V2 nazis. Não o fez por partilhar as convicções Nazis destrutivas, mas fez-lo para estudo e perseguição do seu sonho de construir máquinas capazes de escapar à gravidade terrestre, com o apoio de um esforço de guerra. E por o ter afirmado 1944, foi preso pelos Nazis. Em 1945 foi capturado/resgatado com outros colegas, pelo exército Norte-Americano, que conseguiu chegar primeiro que o Soviético, (já se notavam os primeiros indícios da Guerra Fria e da corrida ao espaço) e levado para os EUA. Já em território americano, as V2 foram efectivamente máquinas de estudo para o que se iria passar nos 20/30 anos seguintes. Estes misseis de 14 toneladas, foram os primeiros foguetes Humanos que atingiram o espaço sub-orbital a 80Km de altura.

E estes dois homens são verdadeiros Humanos, em toda e total acepção da palavra. Podem e tornam realidade os seus sonhos, liderando um grupo de homens a ultrapassar todos as dificuldades que lhes são colocadas… o sonho acima de tudo, o orgulho de sermos natural born explorators, o respeito pelos esforços de todos os que participam numa missão, incluindo o respeito pelos que deram a sua vida, para essa missão.

Após estes anos todos, ainda me pergunto o que causou a paragem na exploração espacial, tal com estava prevista. Por esta altura já deveríamos ter uma base lunar, e estaríamos a caminho de Marte…

A verdade é que não estivemos parados. Todos os países evoluíram, decidiu-se reprimir o desejo primário de explorar pessoalmente…fizemo-lo sem perigos com sondas não tripuladas, estudamos, melhoramos e evoluímos…criamos uma estação fixa a ISS, e agora, após 40 anos, estamos verdadeiramente preparados para retomar com toda a força a exploração presencial da Lua (construção da base lunar em 2020) e de Marte.

Prevejo os próximos 50 anos como o verdadeiro início da colonização extra planetária…em 200 anos, se tudo correr bem, poderemos ter descendentes directos a viver e trabalhar na Lua ou em Marte…e isto não será ficção cientifica. São projectos reais e tecnicamente ao nosso alcance. E desta vez, not because they are hard, but because they are easy.

Não posso deixar passar também a minha indignação com comentários como este,

16.07.2009 - 17h21 - #####, Lousã
O grande trunfo dos EUA para a vitória na Guerra Fria...NUNCA ninguem foi à lua...nós é que estamos todos habituados a acreditar em tudo o que a televisão nos diz...sem sequer nos questionarmos. Voltaram lá mais alguma vez em 40 anos?? ...

Estas pessoas vivem ilusões e não querem assumir a nossa força e capacidade enquanto espécie…para mim essas pessoas são mesmo muito pequeninas e devem ser tratadas com cuidado e carinho pois não conseguirão atingir uma maturidade intelectual digna de um Humano…

O problema é que não tinha a minima ideia de como é generalizada a ideia que tudo isto é falso, e existem inumeras pessoas que têm essa convicção... sinto-me repugnado com a ideia de haverem pessoas que pensem dessa forma, como me sinto repugnado com a ideia do Criacionismo...

O curioso é que por muitas teorias da conspiração que possam haver, esta é daquelas que logo à partida será totalmente impossivel, uma vez que o ambiente geopolitico da época (guerra fria e corrida ao espaço) poria a nú muito rápidamente qualquer farsa gigantesca como seria este o caso. A URSS nunca admitiria que os EUA tivessem um protagonismo falso sobre esta matéria, seria literalmente impossivel.

A verdade é que, a primeira vez que alguém me disse convictamente que a ida à Lua tinha sido uma farsa, e que acreditava sinceramente que nunca lá tínhamos posto os pés, fiquei estupefacto… por um lado por ser uma rapariga licenciada em Gestão de Empresas, da minha idade…
… pensei que essa pessoa tinha vivido toda a sua vida isolada do mundo real… a Lua não é um bicho de sete cabeças, nem faz parte de um sonho ou de uma fabula… ela está lá, é real, e bastam 384.403 km para lá chegar… um pouco mais que a quilometragem do meu carro de 21 anos…

E são estes paradoxos (pessoas licenciadas jovens sem capacidade para entender que a tecnologia Humana de há 40 anos era de certa forma muito mais interessante que a actual – vejam o caso do Concorde ou do SR-71) que ainda me deixam perplexo por fazer parte de uma sociedade completamente desequilibrada…

Mas para essas pessoas digo apenas, já que se deixam levar por tudo o que vêem no YouTube ou noutro qualquer lugar onde não conseguem determinar a sua origem, procurem exactamente nesses lugares (YouTube por exemplo) os filmes existentes sobre os episodios dos MythBusters onde testam e atiram por terra todas as provas das teorias da conspiração sobre o assunto, como este filme.

Não deixo, contudo, de me sentir cheio de sorte de fazer parte de uma espécie capaz de tamanhos feitos…desde atravessar oceanos, sem saber o que está do outro lado, até atravessar o vácuo do espaço para conhecer e evoluir cada vez mais…

Manifesto: "Contra a Segurança Informática!"

Tal como prometido venho aqui escrever um manifesto público contra a paranóia de segurança das redes informáticas e outros sistemas desse tipo.

Não sou expert na matéria, aliás, não sou expert em matéria nenhuma, e ainda bem...

Ainda bem porque, o que já observei empiricamente até hoje demonstrou-me que a especialização diminui a capacidade de compreensão geral do indivíduo face aos problemas diários e comuns.

A forma como alguns técnicos responsáveis de sistemas e redes informáticas actuais protegem esses mesmos sistemas, é a evidência directa do que afirmo.

A informática a nível mundial assenta essencialmente em sistemas operativos Windows que, como toda a gente sabe, são verdadeiramente permissíveis a ataques destrutivos de vária ordem. Como tal, e por causa disso, o actual topo de gama da Windows, o Vista, possui incontáveis formas de segurança (com a excepção de um antivírus integrado, porque será?) que para pouco servem a não ser para que seja quase impossível trabalhar de uma forma continuada e sem dores de cabeça...

O que me parece é que a segurança hoje em dia se tornou mais incomodativa que os próprios malwares que tenta combater e que anteriormente bloqueavam os computadores...

Por exemplo, no Vista, o codec para leitura de ficheiros em DivX ,( ficheiros de filme), bloqueia e mete abaixo literalmente qualquer tipo de visualização, em janela do Explorer, de pastas onde se encontrem esses filmes, pois o centro de segurança do Vista identifica o problema de incompatibilidades (32bit/64bit drives) como sendo prejudicial para a memoria do computador e fecha o Explorer automaticamente, sem dar qualquer tipo de possibilidade ao utilizador de controlar a situação. Por outras palavras, deixei de poder ver ficheiros de filme da minha câmara fotográfica num computador com Windows Vista.

Ou seja, deixamos de ter os vírus e outras coisas a controlarem os computadores, para termos os próprios sistemas, pelos quais pagamos imenso, a fazerem isso... é quase como aquele velho ditado: - Se não os consegues ganhar, junta-te a eles...

Já estou a imaginar os pseudo experts a pensarem: - Lerdo este gajo, actualiza o codec!!

Bom, para esses indivíduos tenho a dizer que, apesar de não ser expert, não sou estúpido, ao contrário de certas pessoas que opinam logo não percebendo o contexto do tema... são experts e especialistas e, por definição, são como cavalos com abas nos olhos que não conseguem ter uma visão abrangente do que os rodeia.

Acontece que não existe actualização de codecs de DivX para sistemas que utilizem processadores a 64 bits. Nem para isso, nem para muita coisa que anteriormente utilizávamos diariamente... o Vista é Kitsch, pura e simplesmente. Perdeu funcionalidade e não serve os intuitos quer do utilizador exigente, quer do indivíduo comum, que não podem nem querem perder tempo com redundâncias de segurança.

Este é um aspecto com que lidamos diariamente nas nossas casas e nos nossos trabalhos. Só que nos nossos trabalhos as coisas ainda tomam proporções mais graves, pois o posto de trabalho está frequentemente ligado em rede a um servidor que controla a segurança da rede...

E é nestes casos que a sensibilidade e a correcta percepção do contexto de trabalho se torna bastante importante para quem gere esses sistemas de segurança.

Todos nós temos casos de situações caricatas de bloqueios de websites e outros tipos de recursos on-line. De certa forma aceito que isso aconteça. No entanto, deve-se ter em atenção a particularidade dos serviços em causa e do contexto desses mesmos serviços.

Os recursos de Internet devem ser tidos como instrumentos de trabalho (e não como perigos existentes a cada 'esquina'), e como tal, as inúmeras tipologias de ferramentas que os recursos on-line nos disponibilizam devem ser utilizadas em função das necessidades dos serviços.

Se num serviço público, como as Finanças por exemplo, não existe uma necessidade efectiva de ferramentas de trabalho baseadas em websites de pornografia, numa empresa de filmes pornográficos já existe. Para não variar estou a exagerar, mas utilizando situações extremas consegue-se ter uma perspectiva mais simples da ideia subjacente a este manifesto.

Mas sendo mais soft: - Se na Segurança Social não parece haver uma necessidade dos seus funcionários visualizarem vídeos FTL on-line, tipo YouTube, numa Instituição que fornece serviços de formação, essa ferramenta (YouTube) já pode ser considerada uma mais valia.

Dois exemplos demonstrativos de como é possível deteriorar e mesmo incapacitar totalmente serviços, com a excessiva segurança:

- Uma instituição que promove formações técnicas utiliza e disponibiliza aos formandos visualizações on-line de técnicas de Know-how disponíveis sob a forma de vídeos públicos no YouTube. Esses vídeos são colocados on-line, por pessoas certificadas e reconhecidas, muitas vezes os próprios formadores, que não possuem interesses financeiros, e divulgam técnicas que podem servir de complemento a uma aprendizagem mais completa.

Ao eliminar-se a possibilidade de visualização desses FTL’s em tempo formativo, devido a protocolos de segurança duvidosos, que muitas vezes camuflam atitudes repressivas na tentativa fácil de melhorar produtividades e a atenção dos funcionários, deteriora-se a qualidade e a eficácia temporal da formação.

- Outra situação prende-se com o bloqueio, através de firewalls em servidores, de ligações on-line entre computadores em diferentes locais, com aplicações como o antigo Netmeeting, o Messenger, ou o Skipe. Muitas Instituições, como a minha, fazem, em alguns departamentos, videoconferências através dessas aplicações por razões económicas e por eficiência de serviços. Quando se bloqueia um qualquer destes serviços que se tornou uma ferramenta efectiva de trabalho, por questões de segurança, está-se a incapacitar uma parte da Instituição.

Gosto imenso de criar analogias para demonstrar mais facilmente ideias. E este caso não foge à regra.

Toda esta questão de segurança desmesurada é facilmente comparável a uma hipotética eliminação, por parte de um técnico (expert) de facas, das facas que cortam melhor de um talhante, pois com essas facas mais afiadas o talhante poder-se-á cortar.

A maneira mais simples (não necessariamente a mais económica) é fechar-lhe à chave num armário as facas mais afiadas, e deixar-lhe trabalhar com as rombas... ele vai acabar por conseguir fazer o seu trabalho, mas irá demorar muito mais tempo e utilizar outros recursos com uma eventual oneração financeira, como seria a de transportar a carne a outro talhante mais ‘expert’ para lhe cortar as peças que não consegue com as facas rombas.

Na verdade, considero que qualquer tipo de bloqueio generalizado de serviços on-line é contraproducente. Se um posto de trabalho utiliza uma ferramenta e outro não, deverá ter-se em conta esse aspecto.

Os recursos financeiros e técnicos não deveriam ser direccionados para uma segurança activa, mas sim para uma segurança passiva, que deveria ser, esta última, derivada de um grau elevado de formação do utilizador do sistema informático, sendo ele quem, em primeiro lugar, filtraria e avaliaria os possíveis riscos ao seu computador de trabalho, que, por sua vez e por norma, não deveria armazenar qualquer tipo de informação critica e/ou vital para o bom desempenho da Instituição.

Face a isto, pergunto-me se a Lei de Moore, aplicada ao hardware informático, se reflecte ao nível de utilização desse hardware?...

Eu trabalho pior, ou tenho uma produtividade inferior, utilizando um computador de 1Gb de memoria, Pentium 4 a 3,00Ghz, com o Windows XP, do que teria se trabalhasse com um novíssimo Core 2Duo T9000 , com 4Gb de Ram, e Windows Vista?

...não me parece...

1000 !!!!

Cá estou outra vez! E desta vez para celebrar a passagem de um marco importante neste blog:

1000 visitas!!

Sinceramente nunca pensei seriamente que um dia pudesse estar a ‘falar’ para tanta gente, principalmente quando o que vou escrevendo por aqui é completamente…doido… !!

É este tipo de coisa que acaba por dar uma certa motivação para continuar a escrever, nem sempre com a melhor coerência, mas sempre como vontade de o fazer, por mais dementes que possam ser as ideias.

Meus queridos leitores, amigos, conhecidos, familiares, inimigos, sei lá que mais… tenho, no entanto, a dizer-vos o seguinte:

- Infelizmente, esta coisa de ser bloguista não dá de comer a ninguém!!…

…mas o prazer que isto nos dá, sabendo que estão dai desse lado, é mais que compensatório.

O meu muito obrigado pela vossa perseverança, que garantidamente irá ser necessária para a loucura dos próximos textos... até aos 2000…!!!!

MUAHAHAHAHA!!!

(isto sou eu a rir-me sinistramente…aprendi com a Inês…obrigado pá)

Deixo-vos com um videozinho a recordar o inicio… e se não o conseguirem ver nos vossos locais de trabalho porque a informática da vossa empresa decidiu bloquear no firewall do servidor os vídeos on-line, azar! Vejam-no em casa…

Essa treta de bloqueios informáticos de tudo e mais alguma coisa também me calhou na rifa…mas como tenho um blog, irei fazer um manifesto público sobre o assunto em breve… stay tuned!!!

Entretanto, e sobre o vídeo, deixo a seguinte questão: - Será que a psicologia infantil resulta mesmo???

Esta é para alguém em particular…. MUAHAHAHAHAH!!!!
(bolas, agora só me sai esta coisa de ‘muahahaha’…valha-me deus…ok, já cá faltava o tema ‘religiões’ também…)

'It'

Já passaram alguns dias desde o morte de Michael Jackson… curiosamente ‘vi’ a morte deste artista em directo.

Estava a ver a CNN como normalmente, pois trata-se de um dos poucos canais televisivos de noticias que, em Portugal, nos dão uma visão mais abrangente dos verdadeiros acontecimentos geopolíticos internacionais, sem, como seria de esperar , deixar de ter uma certa componente lobbistica….

…de repente entra um directo com a notícia que o homem tinha acabado de ser transportado para o Hospital… durante as 2 horas seguintes consegui, a milhares de kilómetros de distância, seguir o que se ia passando na Califórnia junto ao hospital onde Michael tinha sido internado… isto é globalização. Já não existem fronteiras temporais nem geográficas que nos impedem de saber rapidamente o que se passa em qualquer parte do mundo, muitas vezes mais depressa do que na nossa própria rua.

Contudo, não deixa de ser significativamente negativo o que se passou posteriormente e nos dias seguintes à morte deste mito musical… como aliás referiu, de uma forma sempre carismática e peculiar, Hugo Chávez, criticando, não o cantor e a sua morte, mas a forma como os órgãos de comunicação muitas vezes dão demasiada atenção a situações que são … secundárias de um ponto de vista sociológico.

Na verdade, este caso, do meu ponto de vista, acaba por ser sociologicamente bastante curioso…vejamos como vejo de uma forma sucinta esta história toda…

A morte da ‘Coisa’ (It)... Michael Jackson, como era conhecido no mundo dos mortais...

Sim, chamo-lhe a ‘Coisa’ não num sentido depreciativo, mas no sentido real do significado de ‘coisa’....

Coisa (latim causa, -ae, causa, razão) s. f.

1. Objecto! ou ser inanimado.

2. O que existe ou pode existir.

3. Negócio, facto.

4. Acontecimento.

5. Mistério.

6. Causa.

7. Espécie.

A verdade é que este homem era algo de inexplicável... vou tentar dar a minha opinião sobre o que acho de tudo isto... como aliás toda a gente o fez nos últimos dias... todos opinam sobre o assunto e eu não sou diferente nesse aspecto, mas ao contrário da maioria tento observar a situação sobre outro prisma que não o de mainstream...

Este homem, era um Peter Pan... não sou psicólogo, mas uma pessoa que é lançada aos 5 anos para o mundo empresarial com aquele tremendo sucesso, deixa para trás tudo o que de bom a infância e adolescência pode dar quanto à construção de uma personalidade coerente. Não me parece que assim, alguém possa crescer e tornar-se num adulto equilibrado…

MJ assim que se vê com imenso dinheiro, constrói de uma forma real os sonhos infantis que todos tem em determinada altura... o NeverLand Ranch...

No processo tenta recuperar o que perdeu fazendo amizade com crianças, porque ele é efectivamente criança, e é acusado de coisas de adultos.... será que o homem pensava nessas amizades de uma forma sexual??... não acredito.

No decorrer da sua vida muda literalmente a sua fisionomia, falta de indivualidade?... ele é um artista e a sua aparência é exemplo disso.... não possui uma personalidade humanamente definida e a sua aparência apenas reflecte o que foi construído, o ‘artista’ e não o homem. Na verdade, ao nos lembrarmos desta personagem apenas nos é remetida exactamente a ideia de uma personagem de fábulas...tipo 'Branca de Neve'.... parece não existir na realidade e no entanto encontra-se vincado no nosso imaginário...

Arrasta milhões de fãs, porque lhes fornece sonhos, exactamente por fazer e ser aquilo que muitos queriam ser...crianças eternas...

Casamentos falsos, filhos que não são dele, toda uma cortina teatral para disfarçar a confusão existente.... e para evitar que a justiça humana e a sociedade o julguem por situações fora da normalidade, não se apercebendo que ele não se enquadra na normalidade existente...

Assim que a carreira entra em declínio, sente-se perdido e a sua excentricidade aumenta progressivamente terminando com a sua morte, devido, ao que parece, à recusa em admitir a sua incapacidade física para continuar… medicação em excesso.

Não deixa de ser um artista fenomenal que marca a música Humana, talvez tanto como Beethovan, e mais tarde como Elvis Presley… dois exemplos bem distintos desta componente recreativa humana que é a música.

Nesse mesmo dia, morre também Farrah Fawcett, actriz sex simbol dos anos 70/80 do século passado, e conhecida principalmente pela sua participação nos anos 70 na série televisiva ‘Os Anjos de Charlie’… apesar de ser uma das actrizes mais carismáticas do final do século, a sua morte foi totalmente eclipsada pela a morte de Michael… o que não deixa de ser ingrato.

Até porque, ao contrário do cantor, esta mulher era um ser humano na verdadeira acepção da palavra…teve uma vida normal como qualquer um de nós, estudou microbiologia na Universidade do Texas e no final, lutou contra uma doença ‘humana’ o cancro…

Demasiado normal, para ser noticia de dias nas televisões e restante imprensa…

Critica pessoal: - Até esse dia o Irão e o que se passava nesse País devido à eventual falsidade nas eleições presidências, que eram de sobeja importância para a geopolítica internacional actual e de um futuro próximo, era a noticia mais importante…verdadeiramente importante. De repente, e nos dias seguintes, tornou-se difícil perceber o que se passava nesse País….

Todos conseguimos perceber que este tipo de informação é incorrecto, mas normal, pelo que se toma como natural tais situações e acabamos por ser coniventes com tais atitudes…. chama-se a isso mainstream.

Mas felizmente a humanidade não se constrói na sua essência pelas massas, mas sim por aqueles que são diferentes e alteram o rumo das coisas… Da Vinci, Newton, Darwin, Einstein, e outros como eles, muitas vezes desconhecidos.

Bilú, bilú, bilú... rais te parta dia a dia...!!!

Será que é desta que irei escrever uma actualização a este Blog?

Vamos ver se finalmente arranjo uns minutos de relax para expôr algumas das coisas que deveria ter escrito nas últimas ... semanas?!... sim, já passaram duas semanas desde o ultimo post... realmente o tempo passa muito depressa e olha-se para trás e perguntamos: - Mas que raio fiz eu desde essa altura?

Na verdade nada que se visse...

Work e mais work e assuntos e mais assuntos a resolver e muito pouco tempo para meditar, sobre seja o que for...

Por exemplo....o resumo dos meus últimos três dias...

Quinta de manhã uma entrevista de avaliação na Universidade, das 09h00 às 13h00... meia hora para almoço, corrida para o trabalho, tentar fazer todo o work que acumulou devido à minha ausência de manhã, que incluía preparar os 3 Exames do Curso da noite, sair às 17h30, ir a casa comer qualquer coisa e tomar um banho, voltar para o work às 18h30 para coordenar realização dos Exames de um dos Cursos de Formação que estamos a ministrar... pelo meio, saída rápida para tentar encontrar uma daquelas lâmpadas especiais de faróis do carro, de que falei no ultimo post, e que se fundiu entretanto (deve ter sido por ter falado nisso) .... voltar para o work para fazer vigia aos exames, sair às 22h30, ir a casa da minha girlfriend (35 km) para um jantar diferente (chegando apenas no final) da sua família, voltar, chegar a casa à 1h30, apanhar a roupa do estendal, lavar a louça que se acumulava há dois dias, fazer a mochila para o jogo de futebol do dia seguinte de confraternização do pessoal do work, tomar banho, e atirar-me para a cama por volta das 3 da matina, completamente esgotado... dormir.... levantar-me às 8 da manhã, ir à casa de banho, comer algo rápido, lavar os dentes, vestir e disparar para o work...chegar às 09h00, ver e responder aos mails, fazer a abrir o trabalho de todo o dia de sexta feira mais o que já tinha em cima da secretária, escapar-me por 10 minutos para comprar algo para comer na bomba de gasolina do outro lado da rua, pois ia jogar futebol às onze e não tinha comido nada de jeito, voltar para acabar o work, sair às 11h00 para Esmoriz para o jogo, começar a jogar às 12h30, terminar às 13h30, ir almoçar às 14h00, voltar para o work às 15h30, para terminar umas pontas soltas que ficaram por fazer da parte da manhã, respondendo a e-mails de work pelo meio, sair às 17h30, ir comprar a tal lâmpada dos faróis do carro que não encontrei no dia anterior, ir a casa nem sei a que horas, tomar banho, tirar as coisas da mochila e colocar roupa para ficar um dia fora, isto já lá para as 19h30/20h00, ir para casa da minha girlfriend (35Km) para ficar para sábado... sábado...levantar às 09h00, ir para Aveiro, para trabalhar para o meu segundo work, ir almoçar às 13h00, tomar um banho rápido, sair ás 13h45 a abrir para continuar o work da manhã, parar esse work por volta das 15h00, pois telefonam do primeiro work a dizer que o pessoal que estava a frequentar o Curso estava na rua, ir a correr para o local do curso, verificar o que se estava a passar, às 16h00 voltar para terminar o segundo work, chegar a casa às 17h30, vestir roupa de bicla para ir fazer os habituais 35/40 km, sair às 18h15 e voltar às 20h00, tomar banho, jantar e sair um pouco com os amigos entre as 21h30 e as 00h00... chegar a casa, tomar banho, vestir pijama, relaxar finalmente e começar a escrever isto... é 1h30 e já estou esgotado... acho que o resto fica para outro dia....

...uma verdadeira correria...que não se resume a dois dias, mas a quase todos os dias dos últimos tempos.... sei, infelizmente, que não é uma situação exclusiva à minha pessoa, mas quando penso nas ultimas noticias sobre os diferentes casos de pais que deixam os filhos esquecidos e fechados nos carros à morte, quando alteram a sua rotina, começo a ter dúvidas sobre a necessidade deste tipo de vida....

A verdade é que nem o chamado 'tempo livre' é gozado verdadeiramente... gosto de parar, de me atirar para o sofá uma ou duas horas a ouvir música, a lêr ou a ver um bom documentário ou filme, antes de fazer algo mais... são essas coisas que fazem a nossa mente funcionar... e sem isso não existem pensamentos racionais, apenas rotina e automatismos.... e isso não é nada.

Não sou uma máquina, nem tenho objectivo de chegar a nenhum lado com tanta correria...

...pensem no assunto...

P.S. - Sabem uma das coisas que me ajuda a eliminar toda a irritação acumulada?... a música de Marilyn Manson ... very weird!!!!???