quarta-feira, 30 de setembro de 2009

...Questões de Trabalho... "Chefes"

Nunca chegaram um dia ao vosso local de trabalho e verificaram que o vosso chefe se tinha esquecido de tomar os seus medicamentos...??Não os Xanax, mas a Clorpromazina, a Carbamazepina e o Dissulfiram...

Nunca compreendi bem como, neste Pais, se atribui as competências a alguém para ser chefe. Aliás, a própria palavra ‘chefe’ sempre me trouxe à memória duas figuras bem definidas:

- Na industria, alguém com uma barriga enorme, com a camisa desapertada a verem-se os pêlos do peito ornamentados por uma corrente de 'oiro', e uma bigodaça bem farfalhuda.

- Na administração e serviços, alguém no outro extremo, um verdadeiro fuinha, tipo Montgomery Burns.

Em ambos destaca-se a unha do mindinho bem grande para limpar todas as cavidades existentes à superfície do corpo...e outras escondidas pelas banhas, no caso da primeira imagem, e debaixo das crostas, na segunda imagem... unha que serve também para desapertar parafusos....

O funcionário...

– “Óh chefe!!! Venha cá!!”

E o Chefe...

- “Manel!!! Manel!!! Manel!!! Não me ouves a chamar seu cara#$ho!!!!

- “Óh chefe, tem o telefone aí, bastava ligar para a minha extensão...”

As suas competências advieram da sua idade e não das suas qualidades para gerir... – “A idade é um posto!!” afirmam, convictos de que a idade lhes deu todas as capacidades necessárias para perceber o que são redes informáticas, ou até, de que se trata um e-mail... preferem enviar um faxe ... “porque os faxes tem sempre confirmação!!!”... o sentido de abstracção não é o seu forte e precisam de um papel na mão para sentirem o orgasmo proporcionado por uma confirmação....

Não sei porquê, ou se calhar até sei, grande parte dos ditos ‘chefes’ nacionais ainda vivem numa época de Estado Novo, de máquinas de escrever e Stencil, de grandes arquivos com milhões de pastas cheias de ofícios com 20 anos.... nunca se sabe, pode haver alguém que se lembre depois deste tempo todo de dizer que enviou a resposta por oficio há 20 anos atrás....

O seu comportamento para com as pessoas que trabalham com ele é frequentemente de um autoritarismo desmedido, roçando muitas vezes a malcriadez, e ultrapassando imensas vezes os níveis de sensatez.

Ainda utiliza o termo ‘Funcionário’ e não ‘Colaborador’ e esquece-se frequentemente que os ‘seus’ ‘funcionários’ são pessoas e não animais domésticos, sem perceber que se encontra em desvantagem numérica, nem que estaciona o seu carro no parque da empresa... é que nunca se sabe se um dia o ditado popular se coloca em acção: - “Cada um faz a cama em que se deita”.

Nos últimos 20 anos despontou, por seu lado, uma nova geração de ‘Chefes’ que já não se apelidam de ‘Chefes’ mas de Srs. Engs. ou Drs. isto e aquilo... serão melhores? Não me parece, e para dizer a verdade , nem é muito importante, pois a esses, o que importa é que todos saibam que andaram na Universidade a tirar um Curso... não interessa se o tiraram com mérito ou não, mas que têm um papel que lhes irá assegurar um ordenado melhor e, acima de tudo, uma posição que lhes irá permitir serem idolatrados pelos seus vizinhos e amigos, e também pelos seus (ainda) funcionários que, coitados, nunca tiveram a hipótese de tirar um curso.

Normalmente, são do PSD e gostam particularmente de enriquecer rapidamente utilizando para isso artifícios de contabilidade e desvios de dinheiro...

Felizmente, a 3ª geração pós 25 de Abril, já começa a perceber as vantagens de gerir pessoas, descendo a níveis idênticos...

Os ‘Chefes’ já começam a desaparecer, os ‘Srs. Eng. e Drs.’ ainda são muitos, mas começam a aparecer os ‘Pedro, João, Tó, Mário’ e outros assim, que continuam a ser Engs. e Drs. mas que deixam cair esse apêndice e não deixam de ser respeitados como ‘chefes’ por terem um nome igual ao dos seus colaboradores...

São essas as pessoas que quero nas empresas do nosso País... mas os 'funcionários' terão de criar mutações evolutivas que os levem a ser 'colaboradores', também...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

...Questões de Voto...

Até tremo quando me sento ao teclado… tento por tudo ser sucinto, mas definitivamente as palavras saem em cascata. Surgem explosões de ideias que se sobrepõem ao controlo consciente sobre as mãos… é quase como se um segundo Alter Ego saísse para fora… e não considero sofrer de dupla personalidade… mas isso sou eu a pensar.

Na verdade, sei muito bem o que me leva criar uma corrente de palavras quando estou sentado ao computador:

- O treino de teclar todo o dia, aqui e no work… nada se faz sem computador e teclados hoje em dia.

…e…

- Ter conseguido articular a velocidade das mãos com a velocidade vertiginosa do pensamento…aliás, já estava a pensar no próximo post… bommmm…

Em todo o caso, vou colocar um cutelo de cozinha aqui ao lado, para o caso das mãos ganharem vida própria durante este post… já treinei o uso da faca com os pés.


Votos e politica:

É assim… eu não voto, ponto final.

Nunca votei, aliás, minto, votei nos referendos. Mas quando é para escolher um partido politico para nos governar, presidencialmente, centralmente ou localmente, não o faço.

Já estive à porta da assembleia de voto algumas vezes, já pensei em votar muitas mais vezes, mas não o faço! E porquê?

Porque não acredito no sistema democrático que rege o nosso país e a maior parte dos sistemas democráticos ocidentais, e como não acredito neste sistema, estaria a mentir a mim próprio, e a compactuar com o próprio sistema se fosse sequer votar em branco.

E infelizmente o sistema não consegue perceber, ou não quer perceber, mesmo quando chegam a existir taxas de abstenção de 60% ou superiores... dá que pensar.

Porquê eleger um governo quando é eleito por uma minoria da população? Porque se continua a ignorar a abstenção? Será que é racional continuar-se a ignorar abstenções elevadas? Será que as abstenções são causadas por pessoas preguiçosas? Desmotivadas? Sem opinião politica? Sem responsabilidades sociais??

Qualquer que seja a resposta, é um problema que não podemos ignorar. Se 60%, 50% ou mesmo 40% da população não vota, qualquer que seja a razão associada, é porque a realidade politica está carunchosa na sua base e irá acabar por cair mais cedo ou mais tarde.

Qualquer sistema politico, com taxas de abstenção tão elevadas, vive uma utopia muito fora da realidade social da sua população. É um problema que não pode ser ignorado.

Não podemos continuar a criar justificações deste tipo:

“Ah e tal, sabemos que não é perfeito, mas é o melhor que temos!”

Eu digo, se não é perfeito, vamos tentar arranjar uma coisa diferente…

“Pois, mas a Grécia antiga já possuía um sistema democrático onde muitos dos actuais foram baseados!”

Eu digo, não será um pouco arcaico utilizar um sistema baseado em algo que existiu há 3000 anos??

Então, qual o problema com o nosso sistema democrático?

Tudo!

Primeiro:

A forma de gestão governativa é actualmente apenas e só burocrática, as poucas diferenças de ideais existem apenas nos extremos do espectro político, extrema-esquerda e extrema-direita, e essas ideologias são, no mínimo, perigosas. Tudo o resto se dilui numa única ideologia economicista.

Segundo:

Os partidos políticos são como um refúgio social para as mesmas pessoas. Não existe inovação, não existem caras verdadeiramente novas, com novas ideias. As pessoas até chegam a rodar entre partidos, como se as ideologias pudessem ser alteradas como quem muda de camisa.

Há gente que se passeia pelos diversos cargos de topo da sociedade, desde a presidência de câmaras, a clubes de futebol e a Primeiros Ministros…alguns até coleccionam cargos, como é o caso de um determinado politico que foi parar à Figueira da Foz há muito tempo atrás…

… sem falar que quando acabam a vida politica passam para a gestão de empresas de topo, (que só são de topo porque foram ajudadas em muitos casos a sê-lo pela própria comunidade politica), auferindo não só o salário profissional, como a choruda reforma de terem sido deputados… também quero.

Terceiro:

Hoje em dia, a governação nacional (qualquer que seja o País Ocidental de que falamos) é uma fachada dos interesses dos diversos lobbies económicos. A economia de mercado é que regulamenta as Leis fundamentais que os Governos emitem.

Em Portugal liberalizou-se o preço dos combustíveis, com vista à existência de concorrência. Nada, simplesmente nada aconteceu a não ser o aumento desses preços de combustíveis, e o incrível aumento de lucros de uma empresa que só por acaso detém o monopólio dos combustíveis fósseis no nosso País.

Nada muda, quem quer que esteja no topo da governação é automaticamente controlado pelos interesses económicos, directos ou indirectos, uma vez que o poder económico significa PODER.

E a prova que existe um problema chama-se...

Obama

Um homem idealista, que graças a uma autodestruição do sistema político americano, conseguiu despontar cedo, mas na altura certa, e surgir como alguém com ideais ‘honestos’ e tangíveis por qualquer um de nós.

E de repente, a abstenção caiu a pique...

E em 9 meses, começaram a surgir as provas da podridão do sistema politico interno e externo...

– Um verdadeiro sistema de saúde do Estado, por exemplo.

O que aconteceu: o sistema político rejeitou-o pura e simplesmente. Todos se aperceberam que as Seguradoras iriam perder uma fonte de receita imensa.

- A tentativa de diplomacia com a Coreia do Norte e o Irão.

Nada, quem está no poder não quer largar mão do seu trono...

Os órgãos de comunicação social (do seu próprio país) apresentam com frequência comentadores que o designam como ‘ingénuo’….

… eu?... eu acho-o realista. Pensa como o comum dos mortais e tem preocupações idênticas.

Não está viciado num sistema político de interesses, o sistema não teve tempo para isso, e o povo sabe-o.

Enfim...

Vivemos numa sociedade “econocrata”, e essa sociedade não tende a desaparecer.

Então o que fazer?

Surgem-me inúmeras ideias em bruto e outras mais trabalhadas sobre um ideal de sistema politico.

Mas deixo-vos com uma única questão muito simples para já, de forma a reflectirem um pouco sobre isto:

- E se acabassem os partidos políticos, sendo o governo assegurado por figuras individuais não associadas a ideologias, mas ao seu desempenho social, obrigando as pessoas a ‘pensarem’ e não a seguirem uma ‘côr de camisola’?

Muitas questões se levantariam nesta situação, inclusivamente a de uma população demasiado preguiçosa para pensar qual a figura que mais o merecia…mas não deixavam de ser questões de pormenor facilmente resolvidas com resoluções de pormenor também.

Pensem sobre isto, e descortinem como são inúmeras as opções ao sistema actual.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

...PERSPECTIVAS PESSOAIS...



Tenho por hábito, descarregar palavras e mais palavras para o teclado quando começo a pensar em certas coisas...

Não gostaria de me estender nas palavras sobre este tema que surge depois de uma conversa, já por si longa, com uma amigalhaça de longa data.

Mas neste assunto em particular, não conseguirei transmitir a minha ideia sem me alargar um pouco...

Esta coisa das diferentes perspectivas pessoais, é uma daquelas questões que, se não for bem gerida, pode levar a situações de verdadeiras guerras... no limite.

Ao nível do indivíduo, as diferentes perspectivas de uma determinada situação levam por vezes a rupturas de relacionamentos, sejam eles de que tipo forem.

Em muitos casos são rupturas sem sentido, que poderiam ser evitadas se tivéssemos a suficiente capacidade de empatia, e também a percepção de que, a liberdade, os valores, regras e pensamentos individuais, estão sujeitos a alguns sacrifícios e cedências, para que possamos viver socialmente de uma forma equilibrada.

Trata-se de nos contextualizarmos nos comportamentos ditos normais do grupo em que estamos inseridos no momento.

No entanto, esse enquadramento é muitas vezes dificultado pela enorme diversidade de individuos e grupos, e dos respectivos pontos de vista de como devem ser esses tais comportamentos.

Por exemplo: Alguém, como eu, que olho a vida de uma forma pragmática e que tenho imensa dificuldade em perceber as necessidades religiosas e espirituais de outras pessoas... de repente, vejo-me no meio de um grupo social em que essas necessidades, por muito que me pareçam ‘falsas’, são consideradas uma das bases morais e éticas de todo um conjunto de comportamentos.... baptizados, comunhões, casamentos, funerais e idas à igreja semanalmente... não, definitivamente eu não comungo desse tipo de ideologias, mas... respeito e aceito que o façam, desde que haja reciprocidade na atitude empática.

Este é um exemplo, mas existem inúmeros grupos sociais que se enquadram em outras tantas perspectivas de normalidade e comportamentos.

No entanto, e por muito que possamos argumentar que o nosso ponto de vista é melhor do que o dos outros, existe algo a que não podemos escapar: a condição da natureza Humana.

Todas as perspectivas têm por base o grau zero, na minha opinião, o nosso genoma. E essa base biológica pode ser mais ou menos amplificada, reduzida, ou mesmo anulada, pela educação social imprint no cerne do individuo…


"Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas."
Lucien Malson, "Les Enfants Sauvages"


Nada é mais verdade do que esta premissa evocada por Malson, no seu livro. Estes casos de crianças selvagens, cujo desenvolvimento se viu privado do contacto social Humano, têm um elevado interesse no estudo da natureza Humana. Elas revelam uma espécie de grau zero, sendo como um suporte sem nada escrito.

Esse suporte pode ser uma pedra irregular, ou um livro com folhas macias onde será impresso o que apreendemos do meio e das pessoas envolventes, com mais ou menos dificuldade.

No entanto, o suporte de base é idêntico em todos nós. Utilizei a analogia de uma pedra irregular e de um livro de folhas macias, mas, na realidade, as diferenças de suporte não serão tão extremas, diria mais que nos extremos existem livros de folhas recicladas e livros de folhas macias, diferenciando-se os livros talvez mais pela quantidade de folhas que contêm, (local onde serão impressos os valores morais e éticos, e toda a estrutura social apreendida), do que pela sua forma estrutural

A National Geographic patrocinou recentemente um dos estudos mais interessantes e completos quanto às diferenças do dito suporte humano.

Chama-se The Genographic Project e visa estabelecer as diferenças genéticas entre toda a população humana do planeta. As conclusões retiradas até agora são curiosas...

A diferença genética entre qualquer um de nós é menor do que 0,5% o que se revelou como prova da fragilidade da espécie nos seus primórdios. Aparentemente, entre os últimos 100.000 anos e 10.000 anos existiu ou existiram alturas em que éramos, ao todo, muito menos de 100.000 individuos.
Ou seja, por muito xenófobos que possamos ser quanto aos indivíduos diferentes, não podemos fugir há evidência física que somos, literalmente, todos primos afastados.

Significa isto também que, a nossa base comportamental genética não difere muito de uns para os outros.

E a bom da verdade é algo que não me surpreende face ao padrão comportamental no qual se podem observar as condutas inatas comuns a todos.

Como disse acima, isto dá azo a escrever volumes sobre a matéria. E não é isso que me proponho neste pequeno espaço, nem em outro lado qualquer, a bom da verdade.

O que pretendo demonstrar é que todos somos basicamente iguais ao nível dos comportamentos inatos. Dependendo do género masculino ou feminino, todos temos comportamentos basicamente iguais, sendo, os mesmos, apenas represados pelos imprints das regras morais e éticas, que podem ser mais ou menos vincadas nas folhas de papel do livro que somos.

Tudo isto para dizer apenas uma coisa de senso comum:

- Se és homem, não precisas de dizer aos sete ventos que não olhas e desejas sexualmente a mulher interessante que passa por ti e pela tua namorada quando passeiam na rua... porque é inevitavelmente mentira. Nem o próprio Papa pode afirmar isso, (aliás, quem conhece a biografia de João Paulo II irá aperceber-se facilmente disso) pois, nem que seja num nanosegundo, o teu instinto primário vai fazer com que essa ideia ocorra pelo teu pensamento... é inato ao homem (e a bom da verdade também à mulher).

- Se és mulher, terás de admitir que, sempre que o teu namorado olha para outra mulher, nem que seja ingenuamente, o ciúme irá percorrer o teu espírito...nem que seja num nanosegundo... é inato à mulher (e a bom da verdade também ao homem).

Não existe liberalismo que possa fugir ao ciúme, nem espírito religioso que fuja ao instinto de propagação dos genes…

E o que é verdade para os instintos de acasalamento, é verdade para os instintos de violência, para os de poder, para o egoísmo, no fundo, para todos os instintos e impulsos de sobrevivência, como qualquer um de nós pode observar em si próprio.

E para esconder esses impulsos dos outros indivíduos, existe a ‘mentira’, indissociável das regras morais e éticas, e sem ela seria impossível viver em sociedade....pensem nisso.

No meio disto tudo, como conseguimos nós então sobreviver socialmente?... é difícil, mas felizmente existe uma coisa que se chama ‘conversa’…e não só…existe também a razão.

Conversando conseguimos trocar ideias e pontos de vista contra-argumentando uns com os outros…mas, existe um senão…o Homem, como qualquer outro animal presumo eu, vive de instintos, e o instinto de auto-protecção física, ou ideológica no caso Humano, tende a que o equilíbrio numa conversa seja precário se o tom da contra-argumentação do nosso interlocutor for ameaçador ou irracional…

Uma das coisas de que já me percebi, é que a maior parte das pessoas não age, mas reage, propagando-se tal reacção num grupo como um incêndio sem controlo.

Reage aos estímulos exteriores, e no caso de interacções sociais, reage perante o comportamento do seu ou seus semelhantes. E isto é tanto mais verdade, quanto menos informação e conhecimentos gerais estiverem impressos no cerne de cada individuo.

Por isso, é normal que, uma conversa, com argumento e contra-argumentarmos colocados com extrema assertividade, acabe quase sempre numa espiral crescente de aumento do tom de voz de cada um dos interlocutores, sendo o inicio da agressividade fisica e podendo passar rápidamente à mesma se não refreada por barreiras etico-morais fortes (lembram-se das frequentes imagens de pancadaria nos parlamentos dos paises Asiáticos - Coreias, Malasias e outros??)

Mas se formos suficientemente racionais, é possível gerir uma conversa em nosso favor, fazendo cedências, mesmo que as mesmas não tenham grande importância para nós.
O simples facto de cedermos, tende a que a espiral seja em sentido inverso com a conversa a terminar em mútua concordância.

É por isso que se diz: ‘Falamos quando tivermos a cabeça fria…’

Pensem nestas ideias todas…

Gripe A II ...


















Gripe A II ???

Não, não vou voltar a falar (em excesso!!) sobre esse viruzinho que para aí anda… o título foi só para enganar alguém… :) (smile)… no entanto, e reforçando a ideia de que esta gripe não é uma coisa grave, ao contrário do que poderei ter deixado transparecer com o discurso do post sobre o tema, :) (smile again!!)), segundo as últimas informações que pude recolher através de várias fontes, parece que este vírus não possui genoma capaz de o tornar num vírus mortal, mesmo depois de sofrer recombinações com outros vírus da Gripe…

Ou seja, a montanha poderá ter parido um rato…. podem descansar…


Contudo….Contudo... não podemos deixar de lado a hipótese do raio do vírus vir a possuir esse genoma, devido às suas possíveis diversas mutações e recombinações…

…e lá volto eu a meter medo…. Eheh…

terça-feira, 22 de setembro de 2009

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL...próximo passo evolutivo

O livro que actualmente me encontro a ler chama-se ‘A Física do Impossível’ de Michio Kaku, físico americano de ascendência japonesa, conhecido essencialmente pelos estudos realizados na área da Teoria das Cordas e da Supersimetria. Estas teorias são verdadeiras coisas esotéricas para o comum dos mortais, nos quais me incluo, mas, para perceberem, e de uma forma simplória, essas são as teorias que propõem unificar a física (a física das quatro forças fundamentais: Gravitacional, Electromagnética, Fraca e Forte), algo que Einstein tentou até ao fim da sua vida.


Para quem vê documentários sobre ciências modernas, na Discovery, Odisseia, Canal História, ou National Geographic, Michio Kaku é aquele senhor de fisionomia japonesa com cabelo longo grisalho que muitas vezes aparece a explicar de uma forma ‘entendível’ coisas como wormholes, buracos negros, teoria da relatividade, etc, etc...este aqui da foto:

Nesse livro, tenta compreender e explicar como, em quanto tempo, e se será possível, à luz da ciência actual (da física moderna), o advento de certas tecnologias que ainda estão no campo da ficção científica. Teletransporte, viagens no tempo ou à velocidade da luz, entre muitas outras.

Ontem à noite acabei de ler o capítulo sobre Inteligência Artificial.

Segundo Kaku, poderá ser possível já durante este século, termos máquinas com capacidade igual ou superior ao intelecto Humano, o que poderá ter consequências catastróficas. Fala-se na comunidade científica, de implementar certos parâmetros limitadores nessas máquinas, algo como as 3 leis que Isaac Asimov elaborou na sua obra sobre Robots.
Facto curioso, é que uma da premissas de que toda a gente se lembra, incluindo Asimov, é a de instruir as máquinas, ditas inteligentes, com o comando: Obrigatoriedade de proteger o Ser Humano... o que poderá ser um paradoxo uma vez que um dos únicos perigos reais para o Ser Humano é o próprio Ser Humano...

Bom, acontece que já há algum tempo que tenho tido contacto com teorias e noções sobre Inteligência Artificial (IA), nomeadamente com uma que me deixou um pouco apreensivo perante a correlação que já consigo fazer com o que se sucede actualmente.

Talvez há uns 5 anos atrás, um colega meu (JC) investigador na área da biologia, licenciado na Universidade de Aveiro e Mestrado na faculdade de ciências (Biologia) da UNIGE (Genebra), depois de uma conversa sobre este assunto, cedeu-me um manuscrito que circulava entre os e-mails do pessoal de ciências e que estava a fazer um certo furor. Chamava-se ‘The Artilect War’.

Esse ensaio, que agora já é livro, é obra do Prof. Dr. Hugo de Garis que era investigador de IA da Starlab, (http://www.starlab.org/), uma empresa que se dedica à investigação espacial e de neurociências. Parece que entretanto a investigação deste Dr. acabou por fechar devido ao pouco interesse comercial actual.

Trata-se de uma visão, meio ficcionada, do futuro próximo da sociedade e civilização Humana, que reflete as preocupações com que o seu autor se viu confrontado perante o seu objecto de estudo, e que, segundo o próprio, e não só ele, como referi acima, se poderão tornar realidade nos próximos 100 anos.

Actualmente, e devido aos problemas físicos associados a forma como um computador é construído - com um processador central a comandar os diversos componentes - , a IA está longe de se poder atingir, porque os nossos computadores actuais são meras máquinas de calcular, com capacidades a esse nível enormíssimas é certo, mas sem deixarem ainda assim de ser calculadoras.
Contudo, com a tecnologia actual, já existem máquinas com a capacidade ‘intelectual’ de um insecto, capazes de “auto subsistência” direccional, e capazes de proceder a tarefas sem a necessidade de um controlo directo, remoto ou não. Aliás, os campeonatos de futebol robótico inter universidades, são exemplo do que acabei de referir.

Mas o futuro (muito próximo) não será esse. Os computadores, tal como os conhecemos actualmente, irão, porventura, chegar ao seu limite físico de miniaturização. Não só por não ser possível integrar mais circuitos cada vez mais pequenos em superfícies cada vez mais pequenas, mas também porque, mesmo que isso fosse possível, o aquecimento exponencial desse tipo de construções (lembram-se dos fractais e das curvas de Koch que falei num post anterior?) seria de tal ordem que derreteria esses mesmos circuitos. E ainda que fosse possível fazer o arrefecimento dos circuitos, esses circuitos, (eléctricos portanto), ao atingirem larguras do tamanho de um átomo estariam sujeitos ao princípio de incerteza de Heisenberg não sendo possível determinar onde estariam os electrões, causando o curto circuito do sistema.
Não deixa de ser curioso, porém, verificar que um chip actual tipo Pentium já utiliza circuitos com espessuras de até 20 átomos.

Sendo assim, a Lei de Moore que vaticina uma duplicação da potência de cálculo a cada 18 meses, perderá o seu efeito, segundo alguns investigadores, perto de 2020...

Mas então o que surgirá para substituir os computadores actuais?

Computadores quânticos, e de redes neuronais. Algo que já se encontra em fase de estudo e construção de protótipos, mas que ainda estão muito longe do que irá sair para as ruas. Não sei se será em 2020, antes ou depois, mas que vão surgir vão. E vai acontecer de um dia para o outro, muito em breve.

E será quando isso acontecer que as preocupações do Prof. Dr. Hugo de Garis, tomarão forma quase imediata. A capacidade computacional de um computador de redes neuronais, que certamente irá surgir em consequência da existência de computadores quânticos, está muito para além de simples cálculos. Os animais mais complexos utilizam cérebros. E os cérebros são redes neuronais... conseguem aprender e utilizar essa aprendizagem para evoluir e adquirir conhecimentos, possuem emoções.

E esse será o salto para a verdadeira IA. Se a Lei de Moore foi verdadeira para as ‘calculadoras’ que utilizam interruptores eléctricos 1 e 0 (bits), será ainda mais para os computadores quânticos, podendo não ser preciso esperar 18 meses para verificar uma duplicação de potência, que poderá ocorrer exponencialmente de um dia para o outro, por auto aprendizagem.

O problema surgirá quando uma máquina desse tipo for deixada livre para apreender com o meio envolvente. No limite, chegar-se-á ao ponto da humanidade poder deixar de fazer sentido enquanto espécie evolutiva... a inteligência artificial estará num patamar evolutivo muito mais elevado, e segundo diversos pensadores, essa circunstância poderá até levar à erradicação do Homo Sapiens, tal como esse o fez com o Homo Neanderthalensis quando coexistiam.

Bom, mas isto é assunto para um livro, ou imensos livros, que por acaso começam a abundar.

No caso de terem interesse em lêr ‘The Artilect War’ (106 pág. em inglês) deixem mensagem. (ver mail no perfil)


Entretanto vejam uma pequena entrevista com o PhD. Michio Kaku que acabei de encontrar no YouTube, exactamente sobre o que ele descreve no seu livro sobre a IA...

sábado, 19 de setembro de 2009

GRIPE A... SubTipo H1N1

Já há algum tempo que ando para escrever sobre a Gripe A... a enfermidade da moda. E após muita pesquisa, penso que já consigo compreender a ideia subjacente a tudo isto...

Não gosto de me prenunciar muito sobre coisas que desconheço. E como era um certo leigo na matéria, andei a informar-me sobre o H1N1 de que toda a gente fala, (e imensos pouco ou nada sabem em concreto), em artigos de especialidade da OMS (ou WHO em inglês), de virologistas, laboratórios de virologia, entre outros, como é o caso do CDC Americano, e, como é obvio, na DGS Portuguesa.

Não sou médico, nem virologista. O conhecimento que tenho sobre a matéria é meramente elaborado em correlações de informações provenientes de diferentes fontes, que tento que sejam as mais fiáveis possível.

Como referi, não tirei nenhum curso superior versado em matérias de virologia, epidemiologia, medicina, genética ou biologia.
No entanto, hoje em dia, qualquer pessoa minimamente interessada, intelectualmente activa, e sendo relativamente fluente em inglês, pode adquirir com extrema facilidade todo o tipo de informação devidamente atestada por indivíduos e instituições creditadas, que nada têm haver com séries televisivas, e-mails e imprensa generalista.

A evitar mesmo: e-mails brasileiros e websites que não sejam de instituições reconhecidas, como a OMS, ou Universidades de renome internacional como o MIT, Cambrige, Aveiro ou Coimbra...

Este tipo de pesquisa nunca será equitativa a uma licenciatura, mas é mais do que suficiente para se adquirir alguma informação específica sobre assuntos diversos e, a partir dai, elaborar-se uma opinião bastante fundamentada.

Sendo assim, que factos pude eu apurar sobre a Gripe ‘do Século’?

Colocando de parte as teorias da conspiração, que cada vez são mais elaboradas, a razão da envolvência (de quase pânico!) que se deu a esta matéria resume-se a isto:

- Um vírus é inerte, não possui vida. Um vírus é no fundo uma amálgama de bases moleculares(citosina, guanina, uracilo e adenina) organizadas num núcleo de segmentos genéticos, o ARN – Ácido Ribonucleico, (que é uma ‘espécie’ de ADN, mas em tamanho pequenino e menos complexo, e que normalmente faz a síntese das proteínas nos núcleos das células), envolvidos por uma 'capa' exterior de proteínas. No caso do vírus da gripe, o ARN é uma cadeia de segmentos de 8 pares de Ácido Ribonucleico, que anda ‘à deriva’ até que encontra uma célula onde se pode alojar e ai começar a sua replicação, com mais ou menos ‘violência’.

- O facto de um vírus ser um elemento estranho ao corpo é o que provoca os problemas. Células enfraquecidas e vulneráveis a infecções bacterianas, ou mesmo destruição da célula pelo próprio ARN viral durante a sua entrada, replicação, ou saída. Acrescem reacções de resposta do sistema imunitário que podem ser incrivelmente desproporcionadas, que causam várias sintomatologias, como a febre, e que podem inclusivamente levar à morte do hospedeiro.

- O vírus A da gripe, que por aí circula, é do subtipo H1N1 (e não tem o nome especifico de H1N1, apenas é uma estirpe desse subtipo, que por acaso têm variantes muitos comuns)... é o mesmo subtipo que iniciou a influenza espanhola em 1918.

- ‘H’ e ‘N’ são as iniciais das proteínas de superfície, as quais são as ‘chaves’ da porta de entrada das células humanas, (neste caso do tracto respiratório), designadas por Hemaglutininas e Neuraminidases, respectivamente, tendo sido identificadas 16 das primeiras e 9 das segundas.

- Este, como qualquer outro vírus da gripe, tem a sua origem nas Aves, que é a classe animal portadora natural da gripe, onde o RNA viral vive confortavelmente sem problemas com as Finanças… infelizmente para os pardais e outros bichos com asas e penas, existem umas ovelhas negras que gostam de lhes causar problemas: Os subtipos de vírus que contêm as proteínas H5 e H7 superficiais.

- Existem três tipos de vírus da gripe: A, B e C.
O primeiro tipo salta a barreira inter espécies, ou seja, as ‘chaves’ que utiliza, abrem as portas das células de vários animais, enquanto os dois últimos afectam quase somente os humanos, sendo o C quase desprezivel enquanto problema de saúde. É de referir que existe um grande número de vírus por ai a vaguear, de coisas como as gripes, e que estão inclusivamente dentro dos nossos corpos, mas que não têm ‘chaves’ para as nossas células…

- Os tipos A, têm, na sua constituição proteica superficial, uma ou mais das proteínas H1, H2, H3 e/ou N1 e N2, as tais ‘gazuas’…

- Será então na replicação dos tais oito pares de segmentos, já dentro das células, que as coisas começam a correr mal. O vírus da gripe é um vírus que comete muitos ‘erros’ na sua replicação, o que explica a sua variabilidade antigénica, e o que, por sua vez, engana todos os anos, às vezes várias vezes ao ano, os sistemas imunológicos… imaginem terem que se lembrar de um ladrão que anda sempre a mudar de cor de pele, de olhos e cabelo, e ao mesmo tempo a mudar a sua fisionomia geral… não seria fácil apanha-lo.

- E este H1N1 é um ‘ladrão’que nunca se encontrou com o sistema imunológico humano. Já por natureza é difícil para o sistema imunológico reconhecer os vírus sazonais de gripe que ‘brincam às escondidas’ com ele. No entanto, os vírus tipo B têm uma assinatura proteica reconhecida, apesar de estarem sempre a mudar de forma, têm um ‘cheiro’ característico, e rapidamente acabam por ser apanhados pelo sistema imunológico. Já nem falo dos de tipo C… esses largam um fedor que não têm hipótese, são logo apanhados.

- Ora, este Tipo A que anda por ai, formou-se quando três viruzinhos da gripe que afectavam, os porcos, os homens e as aves, se encontram para beber um copo numa célula de um (grande) porco, cujas células são portas escancaradas para os vírus da gripe… um animal mesmo.
Como os vírus não são espertos, com a excitação de estarem ali todos juntinhos, já bebidos e sem serem capazes de fazer sexo uns com os outros, começaram então a replicar-se ao mesmo tempo recombinando-se para formar o temível H1N1 que por ai anda a infectar homens, porcos e aves…

Um híbrido.


- Sendo assim, este H1N1, para já, não possui quase ‘cheiro’ nenhum, é como o cheiro da pele de um bebé para o nosso sistema imunitário… felizmente, esta combinação actual não é muito 'violenta', o que evita respostas imunitárias sobredimensionadas, e co-infecções bacteriológicas capazes de causar problemas graves.

- No entanto, existe o problema epidémico. Não sendo reconhecido pelo sistema imunitário humano, e logo, não existindo uma retenção natural da proliferação do vírus, a qualquer momento poderá acontecer uma mutação, um erro de replicação, ou pior, uma recombinação com outro virus de gripe, que irá borrar a história toda.

- Que foi exactamente o que aconteceu em 1918. Sabe-se hoje, através de um trabalho de verdadeiros CSI de bio-arqueológia por parte de alguns laboratórios e virologistas, que a influenza Espanhola de 1918, teve um início parecido com o que este H1N1 está a ter.

Uma fase muito suave, seguida de uma mutação* do vírus, que começou a provocar respostas sobredimensionadas do sistema imunitário humano que gerava uma verdadeira cascata de indução de citoquinas nas células pulmonares, o que, por sua vez, originava pulmões cheios de liquido e posterior morte. Curiosamente, e exactamente pelo efeito descrito, eram as pessoas mais saudáveis que estavam mais sujeitas à morte… funcionavam bem demais e era o próprio corpo que se autodestruía.

- E esse é um dos perigos deste H1N1. A possibilidade de a qualquer momento existir uma mutação* grave, antes que o sistema imunológico humano comece a reconhecer o ‘cheiro’ deste vírus…

- E é por isso que se criou este ‘pseudo-pânico’ generalizado que muitos acham desproporcionado. Na verdade, não é.

- É necessário proceder à retenção e ao controle artificial deste vírus, através de quarentenas e de internamentos forçados, para já. Se o deixarmos ‘à solta’, a sua velocidade de disseminação vertiginosa, por não encontrar barreiras nos sistemas imunitários que encontra, terá como efeito uma crescente e exponencial probabilidade de, a cada pessoa que encontra e a cada replicação, vir a surgir uma mutação* verdadeiramente perigosa.

- Criando internamentos e quarentenas, para além de diminuirmos a velocidade de propagação, asseguramos o controle de possíveis mutações*perigosas.
- Além disso, reduzindo o número de pessoas doentes em simultâneo, e de um ponto de vista social, evitamos quedas acentuadas de produtividade do tecido socio-economico que, já por si, se encontra no momento bastante debilitado devido ao que algumas pessoas fizeram.... pessoas essas, que estão muito abaixo dos virus na escala intelectual...

E penso que ai está a razão de tudo o que se tem vindo a passar nos últimos tempos quanto à Gripe A, e que pouca gente percebe.

Lembro ainda, que é verdadeira a ideia de que, ao contrairmos já este vírus nos estamos a imunizar contra possíveis novas infecções e mutações posteriores. No entanto, e para que tenham noção do perigo disso, digo apenas que podem ser os felizes contemplados com uma mutação* que vos irá matar, e serão aqueles que irão disseminar essa mutação pela população humana… que sorte não é? Tenham juízo e deixem as coisas correr sem pressas… se apanharem o vírus, como será de esperar, sigam as instruções que existem em todo o lado e não brinquem com o fogo…

Para terminar, e em jeito de destruição de possíveis teorias da conspiração, recordo que este tipo de mutações* inter-espécies de virus da gripe, ocorrem naturalmente de tempos em tempos, de acordo com a aleatoriedade natural. Só no século XX, ocorreram 3 pandemias de gripe que se enquadram na descrição que acabaram de ler:

- A Espanhola (ou Pneumónica como se designou em Portugal) de 1918.
- A Asiática de 1957
- A de Hong Kong de 1968

Pelo meio surgem algumas ignições momentâneas que, devido a vírus incapazes de se propagarem facilmente entre as pessoas, se extinguem naturalmente, como foi o caso do H5N1 de 2003 na Ásia, apesar de, segundo alguns especialistas, poder ter sido o inicio das mutações que levaram a este H1N1.
* - Devo explicar que, ao referir "mutação" incluo as recombinações com outros vírus de gripe humana ou não, que essas sim, são verdadeiramente perigosas. Não é cientificamente correcto designar como mutação as recombinações de ARN viral, mas para um compreensão melhor utilizei esse termo para englobar todas as alterações ao virus.

P.S. :

- Por detrás da gripe de 1918, acho que estava Hitler…já era nascido na altura e se calhar tentou eliminar a humanidade dessa maneira, como não conseguiu tornou-se Führer da Alemanha e deu inicio á 2ª Guerra Mundial…bemmmm… esta coisa das teorias da conspiração tem muito que se lhe diga…

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Realidades Alternativas

As circunstâncias da vida levam-nos por vezes a tomar decisões difíceis que muitas vezes vão contra a nossa vontade.

Nem sempre tomamos as melhores opções, mas, na sua grande maioria, acabam por ser positivas quanto à experiencia que nos proporcionam, independentemente da carga negativa que possam conter.

Apesar de se afigurarem sempre difíceis e dolorosas nos primeiros tempos, face às mudanças que implicam, todas as resoluções que alteram significamente a nossa forma de estar e viver, fazem parte integrante do nosso auto conhecimento, mesmo que as possamos considerar como erros, à posteriori...

E já é quase senso comum a afirmação de que o erro faz parte e é essencial à evolução.

Digo que, ‘já é quase’, porque ainda existem muitas mentes que não admitem erros e os consideram como algo extremamente negativo, não retirando qualquer proveito dos mesmos... gestores, políticos, etc, e mesmo qualquer um de nós, eu incluído, num qualquer momento acabamos por negativizar o erro.

O erro é admissível e torna-se inevitável e indispensável. E é com base nessa premissa que nos deveríamos auto construir. A aprendizagem da gestão do erro deveria ser um dos tijolos de base na nossa educação.

Em Agosto escrevi sobre a relatividade do tempo. Nessa dissertação falava sobre o tempo e sobre a minha percepção do mesmo como sendo uma dimensão criada por factores causa-efeito. O regresso ao passado, sobre essa perspectiva, nunca será possível.

Sendo assim, e como é lógico, todas as acções que tivemos até aqui, por muito pequenas que tenham sido, acabaram, no seu todo, por nos colocar neste preciso momento e lugar com todas as características ambientais e sociais que nos envolvem.

Essas acções, que advieram em grande parte das diferentes resoluções que tomámos, podem ter tido como causas, pensamentos erróneos que vieram a produzir efeitos que não eram presumidos à partida, o que, por sua vez, nos cria desmotivações, pelo erro que cometemos...

E é exactamente com base nessa presunção do erro, e com a coisa maravilhosa que é o nosso cérebro, cujo pensamento que nele se cria não está subordinado as leis do tempo e de causa-efeito, que proponho um exercício simples.

Normalmente, antes da tomada de uma decisão, tendemos a racionalizar o futuro perante as diferentes hipóteses, de forma a tentarmos evitar os efeitos ‘piores’... planeamos, e isso é que faz de nós Humanos... tentamos prever o futuro.

O que proponho é o inverso. Para verificarmos que um determindado erro cometido poderá nunca ter existido, voltamos ao ponto de partida e criamos na nossa mente Realidades Alternativas à decisão que tomámos, com base em todas as circunstâncias de causa-efeito que agora conhecemos.

Com esse exercício verificamos que, na grande maioria das vezes, os presumíveis erros das más decisões que supostamente tomamos, apenas saltam de realidade para realidade, onde se revelam de uma outra qualquer forma.

Chamo-o de exercício das ‘Realidades Alternativas’... e é algo que frequentemente realizo para adormecer... e podem-me chamar wird que não me importo.

Analisem a vossa vida... olhem à vossa volta, vejam as pessoas que vos rodeiam, as coisas (materiais e imateriais) que possuem, e façam um rewind até a um qualquer ponto de decisão, que ainda se lembrem, que possa ter criado uma outra Realidade Alternativa se tivessem tomado uma outra resolução nessa altura...

No fundo, e em linguagem informática, procurem um ponto de restauro na vossa vida e imaginem-na a partir dai tendo em conta tudo o que já conhecem…

Analisem agora a vossa vida a partir desse ponto...olhem à vossa volta, e vejam que pessoas poderiam ter no vosso círculo pessoal, e que coisas poderiam possuir... analisem racionalmente, criando quer as ‘boas’ Realidades Alternativas quer as ‘más’… e depois agreguem tudo e obtenham a Realidade Alternativa média que poderia existir caso tomassem a outra decisão…

Será melhor? Será pior?

Bom, como ‘viajante’ normal de realidades alternativas, posso-vos afirmar uma coisa:

Qualquer das ‘realidades’ que percorri não eram melhores nem piores, apenas diferentes...

Contudo, confesso que existem certas realidades que me deixam apreensivo quanto ao facto de neste momento poder estar pior do que poderia. Normalmente isso acontece quando vamos buscar pontos de restauro mais recentes. Não existem suficientes factores causa-efeito para que possamos perspectivar qual das situações teria sido a melhor...

Pessoalmente tenho uma ou duas bifurcações temporais recentes, cujas resoluções tomadas (ou a falta delas, para ser mais correcto) me deixam inquieto face ao que poderia estar a vivenciar agora... deveria ter tomado outro caminho? Numa, tenho quase a certeza que sim…, mas lá está, talvez estivesse agora a perguntar-me se não deveria ter seguido o caminho que sigo agora...

Façam o exercício. Para mim, é uma forma de equilíbrio e de perceber que as grandes decisões da vida, por muito racionalizadas que sejam, são meramente aleatórias se não forem acompanhadas por decisões posteriores menos importantes e de uma abrangência temporal menor, sendo, essas sim, e por isso, potencialmente as mais ‘correctas’, e as que corrigirão a grande decisão inicial…

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

09h09 09-09-09

Onde estavam às 09h09 do dia 09-09-09????

Hoje é uma daquela datas curiosas que, curiosamente também, nada tem de curioso... rico trocadilho.... ok...

E esta é a 9º data capicua deste tipo neste século, que, por sua vez, terá, deste tipo sublinho, apenas 12 datas ao todo se não me engano muito. E isso deve-se ao simples facto de apenas termos 12 meses num ano... 01-01-01, 02-02-02 e assim sucessivamente até ao dia 12 de Dezembro do ano 2012...

Bom, na realidade, este tipo de datas são um palíndromo, ou seja e neste caso, uma simetria matemática, ou melhor, um grupo de números que se lêem de igual forma, da esquerda para a direita e vice-versa. Esta ocorrência é visível também em palavras do dia a dia como, RADAR, e em todo o tipo de ocorrências simétricas que se possam ‘lêr’.

Avançando... o dia de hoje não será o melhor dos exemplos, pois para que esse ‘fenómeno’ de simetria pudesse ocorrer eliminamos do ano 2009 o ‘20’.

Para um exemplo correcto teríamos de verificar horas e datas como estas:

20h02 20/02/2002;

12h12 12/12/1212;

11h11 11/11/1111...

...mas existem vários exemplos de capicuas, como por exemplo:

10h01 10/01/1001


E estas datas sim, verdadeiros palíndromos.

Por isso nem sei muito bem porque razão é que me pûs a escrever sobre esta coisa... um tema que nem acho muito interessante, mas que, curiosamente (sim é mesmo curioso!), começa a ser importante em sectores como o da programação informática.

Acontece que este tipo de datas poderá ser causa de alguns bugs informáticos como o famoso e já esquecido Y2K do ano 2000. Ainda se lembram do pânico que se criou nos últimos dias do ano 1999, julgando-se que os sistemas informáticos iriam fazer reset em pleno funcionamento sem que depois pudessem arrancar novamente??

“Ah e tal, isso foi uma grande peta que meteram ao povinho”... dizem muitos ainda... pois meus amigos, vejam o pequenino artigo de conclusão da ‘Crise Y2K’ que ainda consegui encontrar na ANACOM sobre essa transição... passo a citar:

“A transição para o ano 2000 decorreu sem problemas de maior, tendo sido acompanhada pelo ICP a partir do Forum Picoas, lugar onde se encontrou o Centro Operacional de Informações. A constituição deste Centro contou com a presença do Ministro da Ciência e Tecnologia, em articulação com o Primeiro Ministro e o Ministro da Presidência.

O objectivo deste centro foi o de recolher dados sobre o desenvolvimento do processo de transição no sector das telecomunicações. Para tal, o ICP estabelecera pontos de contacto ao nível dos operadores e prestadores de serviço de telecomunicações nacionais.

Publicação: 01.01.2000”


Para quem ainda não acredita carreguem aqui para acederem a essa página.


E para quem acredita, mas quer informar-se um pouco mais sobre esse bug (em inglês) carregue aqui.


Para mim, das 09h09 do dia 09-09-09, vai ficar a ‘lembrança’ (porque estou a ‘escreve-la’ aqui) de estar na porta da oficina a deixar o carro para uma mudança de óleo e preparação para a inspecção anual...


Para outros é um grande negócio... e a foto de apoio já diz algo...


...e para mentes como a de Tim Burton, '9', e as combinações a ele associadas produzem isto:




E vou acabar por aqui, pois como podem verificar, apesar de me parecer um tema de pouco interesse, a minha mente começa logo a ‘disparar’ em todas as direcções e daqui a pouco temos um livro sobre o assunto...


Em todo o caso espero que tenham tido muita sorte neste 09-09-09, pois apesar de muita gentinha ter garantidamente utilizado a combinação dos três '9' para afirmarem que é um prenúncio agoirento do número mitologico 666, a verdade é que 999 é o simetrico desse número.


Como tal, como diz a lógica matemática, e como dizem os chineses, isso apenas significa... buééés de sorte e coisas boas!!!



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Setembro...


Mais um mês de Setembro ai está…

Apesar de já ser dia 7, aproveito o facto de estar a escrever pela primeira vez neste ‘Setembro’ de 2009, para iniciar uma nova ideia… todos os próximos primeiros posts de cada mês poderão servir para dar as boas vindas a mais um mês, divagando sobre o próprio…

Sendo assim, desejo-vos um bom ‘Setembro’…

Se calhar poucos sabem, mas Setembro era na realidade o sétimo mês do calendário de Romulos que foi por muitos considerado o criador do calendário Romano e cujo primeiro mês do ano era Março… este calendário durou até 153 A.C.

E dessa origem deriva o seu nome: - Septem em latim é ‘sete’.

Mas Setembro, é também o mês do Outono, do inicio do Outono Meteorológico no dia 1, do equinócio de Outono que este ano ocorre no dia 22 pelas 21h18… será nesse dia que o ‘dia’ e ‘noite’ terão a mesma duração: - 12 horas cada.

É um mês de nevoeiros…e em Aveiro é também o mês em que o vento se vai embora, deixando-nos uns dias finais de Verão... ameno é certo, mas ainda de Verão…

É neste mês também que se inicia (na prática) o ano lectivo, e as épocas desportivas normais, isto no hemisfério Norte…

Para quem nasce neste mês, afirma a astrologia, que são pessoas metódicas, exigentes e perfeccionistas, mas também por isso, propensas a se autocentrarem… mas isso é a astrologia a ‘falar’… não me guio de maneira nenhuma por esta vertente de ‘estudo’, mas aceito, de certa forma, a ideia das pessoas serem relativamente ‘moldadas’ pela época do ano em que nascem…analisarei este assunto num outro post…aguardem.

Setembro delimita o ano entre o calor e o frio…é um mês de charneira que altera as rotinas de ‘Verão’ para as rotinas de ‘Inverno'…

E por fim, Setembro ficará na História como o mês em que o Terrorismo atingiu o seu auge no dia 11 de Setembro de 2001…


...para mim? ... bastam-me acordes de piano para me inspirarem 'Setembro' ...