sábado, 23 de outubro de 2010

Nostalgias... e já lá vão 25 anos...

O Paulo é um amigalhaço de longa data e de muitas batalhas. Desde a escola primária que a amizade de instalou entre nós… e não sejam depravados… se existe uma verdadeira amizade entre pessoas do género masculino, a nossa pode ser dada como um dos melhores exemplos, tipo as dos filmes ‘hollywoodescos’…
Desde os 6 anos que a nossa vidinha corre mais ao menos paralelamente… ambos com muitas idiossincrasias diametralmente opostas, mas, talvez por isso, com uma complementaridade de personalidades que acaba por funcionar muito bem.

Lembro-me de algumas fases passadas e a que mais se afasta no tempo é a da escola primária, altura em que eu lhe fazia os TPC’s enquanto, ao mesmo tempo, lia coisas sobre ET’s e OVNIS… tudo em troca de uma certa protecção física… diria que eu era o cérebro e ele o músculo… algo assim…

Depois veio aquele Verão de 85 em que nos convencemos que até éramos capazes de arrear nos outros se fossemos para o Basket… começávamos a pensar que tínhamos físico para qualquer puto daquela data…e realmente éramos altos para a época…

E lá fomos nós para os treinos, muitas vezes na motorizada do pai que ele surripiava da garagem… e que motorizada! Parecia uma 500 cc, como aquilo andava!... Hoje percebo que a sensação de velocidade daquela máquina era transmitida pelo vento e pelos mosquitos nos olhos que a falta de capacete originava…

Outras vezes eram as apostas de 5 e 10 contos (que nunca eram pagas) para ver quem saltava de trás para a frente os bancos do autocarro das 8 da noite que ia vazio… ou então para ver quem os tinha no sítio ao saltar pelas ribanceiras abaixo com as bicicletas de senhora com cestinhos das nossas mães…

Se hoje os putos demonstram a sua coragem reunindo-se em grupos à noite e às escondidas para destruir o erário público, para nós, nessa altura, bastava pensar na carga de porrada que levaríamos dos nossos pais para nem sonhar em sair à noite… a bom da verdade éramos bem mais corajosos e honrados, pois destruíamos, não o erário público, mas o familiar, fosse a que hora fosse, sob a forma de bicicletas das mães com os quadros partidos, vidros das janelas estilhaçados pelas bolas de futebol ou outra qualquer malandrice que acabava sempre da mesma maneira: - uma valente carga de porrada dos pais ou dos avós... a honra disto? Bom, a honra vinha de conseguirmos fazer as nossas asneiradas sem envergonharmos a nossa família publicamente… a destruição ficava por casa…e as nódoas negras por baixo da roupa…

Lembro-me também do Verão de 89, quando fomos acampar com mais um amigo do basket, o Henrique, que na altura vivia nas casas anexas à casa dos pais de outra pessoa que mais tarde se veio a revelar também como uma daquelas amigalhaças do peito, a Paula. Nesse Verão, fomos pela primeira vez acampar sem os pais ou irmãos… reparem, em 89 tínhamos 18 anos…

E lá fomos nós para Pedrógão em Vieira de Leiria… três marmanjos do basket que, combinados, perfaziam perto de 5,80m de altura… e porque é que me lembro eu dessas férias em particular?… bom, por várias razões, sendo a primeira, a tenda que levámos…

O Paulo, na sua ‘ingenuidade’ forjada, decidiu não nos mostrar a tenda antes de partirmos… devia ter sido surripiada da garagem do pai como eram outras coisas… acontece que chegamos a Pedrogão e fomos montar, literalmente, a barraca… só cabia um de nós dentro daquilo…

Outras maluqueiras aconteceram nessas férias de má e boa memória, que não vou estar para aqui a contar para não me enterrar… mas, um das cenas giras foi a pergunta que uma miúda espanhola nos colocou:

- ‘porque razão as mulheres portuguesas têm bigode?’…!?...!?...

...sem resposta possível, disfarçadamente pegamos nas nossas toalhas de praia e pé entre pé tentamos sair de rasteirinho…

Mas qual a razão desta história nostálgica toda? Acontece que o Paulo encontrou uma das fotografias mais emblemáticas daqueles tempos. Uma foto que foi tirada a cores (apesar desta cópia ser a PB) numa altura em que não haviam telemóveis com câmaras ou máquinas fotográficas digitais, e, como tal, perdeu-se no meio de tantos outros documentos de papel, tendo ido, quem sabe, parar ao lixo…

Esta fotografia é a da nossa primeira equipa de basket, época 1985/86 tínhamos nós 14/15 aninhos… o Paulo estava com um problema de ombros, e eu tinha acabado de levar um sopapo que fiquei com o queixo de banda… ok… que desculpas mais esfarrapadas para as palermices de putos…

cliquem para visualizarem com melhor definição...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Strange person case study … and… if Goldilocks are not ‘goldi’ but black?

This is my first English text on this Blog… that’s why I start to ask a little patience to all of you...

Two questions may be ask:

Why I’m writing in English?... and,

What is the reason of this weird title?

The first question has a simple answer and, at the same time, a complex code… I write in English to diminish the impulse of write too much… and, on the other hand, the English write has a significant trace of a code… just to be understand for who wants to understand...

The second question has a more incomprehensive answer… let’s see…

Well, with a little help I find that there’s person’s with an incredible capacity to make deductions from little things… most of the times these deductions are completely wrong, and they’re made basically from the idea that the world they live is an image of their thoughts and desires…

I found more people with this personality than is desirable on these times…

Sorrowfully, some of that people are my acquaintances and they made some of these deductions from little things I say or I done… I must tell them they need to have a more linear thinking, and always remember the Occam’s Razor Principle… these people are truly a case study…

Luckily I’ve a ‘Goldilocks’ in my life that bounces on my mind and around me many times to remind me I do not live in a totally rational world… thank's blacklocks :)