"Um homem foi ao barbeiro para cortar o cabelo, como sempre fazia. Ele começou a conversar com o barbeiro sobre vários assuntos. Num determinado momento eles começaram a falar sobre Deus. O barbeiro disse:
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Deus e Religiões...outra vez...
"Um homem foi ao barbeiro para cortar o cabelo, como sempre fazia. Ele começou a conversar com o barbeiro sobre vários assuntos. Num determinado momento eles começaram a falar sobre Deus. O barbeiro disse:
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Miserabilismos... e lavagens cerebrais
Ontem à noite tive uma verdadeira ‘diarreia’ mental.
E o curioso é que não foi com nada que tivesse saído deste incrível intelecto, mas devido aos pensamentos de outros, neste caso devido à verdadeira tese político-social que o meu sobrinho (mais uma vez ele) ‘vomitou’ para o seu blog.
Depois destes parágrafos, devem pensar, para além de que estou com algum tipo de Síndroma de Tourette ao ‘vocalizar’ duas analogias ‘badalhocas’ em meio dúzia de palavras, que idolatro este puto ou algo do género...não, não é verdade.
Tenho outros 8 sobrinhos e a todos eles devo o respeito merecido perante a pessoa que são...todos diferentes entre si, mas todos maravilhosamente interessantes como pessoas.
Contudo, não posso deixar de afirmar que me sinto mais próximo deste miúdo no que diz respeito às características de personalidade... talvez seja por termos tido a mesma ‘mãe’ que nos educou com uma irreverência intelectual própria... essa mulher é a minha irmã mais velha.
Bom...pondo de parte as coisas familiares, vou-vos deixar com a tese deste puto de 25 anos que, mesmo estando em Cambridge, não deixa de se preocupar com o seu País de origem, por muita vergonha que muitas das coisas que o caracterizam lhe possa causar... mas a quem não causa?
Mas este post vale a pena mesmo, até porque vai de encontro à sequência de ideias sociológicas que pretendo postar em breve...
"Já é bastante tarde mas no entanto devo dedicar um pequeno espaço e comentar, ou melhor, opinar sobre o que acho de José Sócrates.
O Ensino:
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Money, Get Away...
Money, get away...já lá diziam os velhinhos Pink Floyd no seu tema 'Money' do Dark Side of the Moon em 1973...eram nascidos nessa altura? Eu tinha acabado de aparecer neste mundo, mal sabia o que tinha pela frente...
Enfim.
Não sei porquê, existem fases em que as ideias não abundam, ou melhor, elas até aqui andam, mas a preguicite atinge-nos de uma forma que não nos deixa transmiti-las para o teclado...
Mas há uns tempos atrás recebi um e-mail daqueles que andam para ai entre as nossas caixas de correio, como elefantes a saltitar de nenúfar em nenúfar... daqueles: - Passe este e-mail a mil pessoas, caso contrário cair-lhe-á um meteorito na cabeça....
Bom, esses e-mails são os melhores para nos colocarem com um sorriso nos dentes depois de verificarmos que o e-mail da nossa amiga ou amigo, de quem nunca duvidaríamos intelectualmente, aparece nas Copy Carbon (Cc) preparadíssimos para entrarem nas listas de spam de mais uma empresa maldosa...
Existem outros e-mails que são verdadeiramente borings, falo dos power points cheios de flores e gatinhos amorosos, que miam e tudo...por amor de Deus... se fosse dono da Microsoft, na próxima versão do Office colocaria um filtro qualquer no PowerPoint que bloqueava o envio por e-mail de qualquer ficheiro que tivesse mais do que um gato ou uma flor, ou um Senhor Jesus Cristo...
Mas por vezes aparecem e-mails, que à primeira vista nos parecem mesmo lógicos. Só que, depois de reflectirmos um pouco, deixam transparecer uma certa ideologia Socialista Radical que nada tem de racionalidade...
Neste caso, alguém decidiu fazer umas simples contas de cabeça quando o Governo Federal dos Estados Unidos decidiu injectar na economia cerca de 700 mil milhões de Dólares, ou algo perto desses valores, para salvaguardar as asneiras dos seus ‘ricos’.
O autor desse e-mail simplesmente dividiu o valor pelo actual número de habitantes na Terra e chegou a ‘incrível’ conclusão que seria possível atribuir aproximadamente 100 dólares a cada pessoa da Terra, e que se, apenas esse valor, fosse ‘apenas’ dividido pela população americana seriam 2500 Dólares a cada um, desde o bebe recém-nascido, ao velhote decrépito com os pés para a cova, o suficiente para estimular a economia para os níveis normais....
Nesse e-mail referiam-se outras somas astronómicas que anualmente o Governo Americano injecta nos seus diversos orçamentos, nomeadamente no militar, e concluía-se que a riqueza está mal distribuída, sendo possível tornar ricas todas as pessoas do Planeta, caso os lucros das grandes empresas e os orçamentos dos países fossem distribuídos por todos...
À primeira vista, a ideia é aliciante, mas depois de reflectir ‘apenas’ um pouco, surge a questão:
- depois de todos nós estarmos ricos com dinheirinho no bolso para comprarmos um excelente carro e irmos para os melhores hotéis, quem estaria disponível para montar o carro na fabrica, ou quem estaria disponível para nos servir no bar do hotel, ou para nos limpar o quarto desse hotel?
Pois...seria uma situação gira de se ver e, de repente, o dinheiro deixava de valer o que vale, a inflação dispararia, milhões de euros valeriam então apenas alguns (lembram-se da Lira Italiana? 5000 mil liras eram para ai 100 escudos!!) e a tendência seria sempre a mesma.... é disto que se trata a economia... de haver muito pobres a produzir bens por necessidade de sobrevivência, bastantes meio pobres e meio ricos a consumir imenso, para que os poucos muito ricos possam gozar a vida com o dinheirinho de todos, e que acaba em parte por ser distribuído, por estes ultimos, por todos os restantes através de salários nas suas empresas. É o ciclo, não da água, mas do dinheiro.
Só assim é que é possível existir equilíbrio económico...e é esse equilíbrio que se visualiza em alturas de crise e de crescimento...
Ora bem, então, de uma forma muito simplista e divertida de ver as coisas, as crises acontecem quando os ricos, ávidos de coisas melhores que os seus amigos ricos, começam retirar do circuito normal económico, cada vez mais rendimentos para si num período de tempo curto, colocando cada vez mais dinheiro do seu lado e retirando cada vez mais dinheiro aos grupos seguintes que, por sua vez, deixam de ter capacidade de consumo, mesmo com créditos, sobre créditos, e que, por conseguinte, retiram rapidamente esses tais lucros adicionais aos ricos por falta de produtividade das suas empresas, que, por sua vez, com medo de caírem no grupo abaixo, fecham os seus cofres e logo as suas empresas que gastam o restante ‘pé de meia’ que têm, o que, por sua vez, acaba por mandar para o desemprego as pessoas que consomem havendo cada vez menos capacidade de compra dos produtos dos ricos...e assim sucessivamente, até que finalmente os governos decidem que o jogo foi longe de mais e criam Leis de Regulação...ou seja, incutem um medo superior ao de perder dinheiro...- o do castigo.
As alturas de crescimento, ocorrem após as crises, porque todo o sistema, depois de cair, vai tender novamente para o equilíbrio com os ricos sobreviventes a voltarem ao trabalho (aqueles que se lembram), com novos ricos a aparecer e com todos a trabalhar em conjunto para dinamizarem novas empresas que, (pensam eles) lhes darão cada vez mais lucros eternamente, o que acaba por promover novos empregos e logo mais consumo e logo mais lucro, até que, depois de uns aninhos, quando ninguém se lembrar do que levou à ultima crise, a ganância irá imperar e lá voltará mais uma crise.
No fundo, a economia não é mais do que um sistema natural ciclico, e pouco racional, de evolução natural e de criação de estruturas sociais. Por muito que o ser humano pretenda criar igualdades entre si, estas nunca existirão, simplesmente porque é impossível. Não existe no momento, uma estrutura social suficientemente racional para se criarem essas igualdades, porque, também no fundo, o Homem rege-se por instintos, sendo a ganância e a de ‘macho alfa’, dois dos que ainda estão muito latentes.
Pouco diferimos de grupos sociais como os dos chimpanzés, dos gorilas, ou mesmo de outro qualquer tipo de animal. É tudo apenas uma questão de ambiente e de nível.
Na verdade, e na minha opinião, é exactamente o sistema económico que determina e demonstra o quão longe ainda estamos de uma civilização verdadeiramente inteligente.
Começam, no entanto e na minha opinião, a surgir os primeiros sinais de uma nova perspectiva... que são resultantes desta coisa que é a Internet... através dela o comércio tal como é conhecido começa a desaparecer. E ao contrário do que muitos (ricos) pressupõem, o comércio electrónico não funciona da mesma maneira que o comércio das lojas.... na internet começa a ser possível conseguir-se adquirir ‘coisas’ gratuitamente e contra isso pouco ou nada as empresas podem fazer...aliás, as empresas começam é a oferecer coisas gratuitamente.
Para já, essas coisas apenas são os ‘memes’, ou seja, toda a informação escrita e sonora que antes apenas se poderia obter sobre suportes de papel ou sobre suportes físicos... música, livros, enciclopédias ou seja, conhecimento. E no mundo 'real' já são os pequenos gadgets aos quais, ao serem produzidos em massa, se consegue reduzir o preço de custo...telemoveis e Mp3...
Quem já percebeu isso foi a Google, que disponibiliza aplicações informáticas gratuitamente... mas só disponibilizam as aplicações com poucos ‘extras’. As completas têm de ser compradas... pelos ‘ricos’, ganhando assim a Google milhões. E porque é que os ricos as compram se podem as ter de graça ou outras mais baratas? Simplesmente pelos dois instintos predominantes de que falei acima: Ganância e obtenção de poder.
Simplesmente a Google percebeu a forma simples de retirar lucros da irracionalidade dos seres humanos, a qual (irracionalidade) é quanto maior quanto mais rico for o humano (generalizando). A Google ao destribuir gratuitamente aplicações diversas massificou-as, e ao faze-lo tornou-as no mainstream da industria. Ou seja, qual é a primeira reacção humana quando se tem muito dinheiro? Essa mesmo: ter a melhor versão do carro, ou neste caso, da aplicação, que a marca pode disponibilizar, para sermos melhores do que o nosso semelhante... Poder e Ganância.
Ou seja, a tendência vai de encontro a que os ‘ricos’ suportem os produtos mais simples e menos complexos dos ‘pobres’.... ou menos 'ricos', dependendo do alvo do produto.
E garantidamente a médio longo prazo (100/200 anos para ai) acabaremos por encontrar uma ‘economia’ diferente... como será?
Não sei, mas um destes dias vou-me pôr a imaginar como poderá existir um mundo à Star Trek, ou seja, em que o dinheiro não exista... mas será perfeito?
quarta-feira, 13 de maio de 2009
Benny Lava....
...desliguem ali ao lado o videozinho da barra lateral, para não misturarem musicas...obrigadinho...
...pago um leitão a quem conseguir fazer a coreografia toda de principio ao fim, mas a cantar ao mesmo tempo a letra todinha...hummm??? que acham? um bom desafio??
terça-feira, 12 de maio de 2009
Sensation White or Sensation Red ??..You choose..
Não pensem que lá pus os pés, porque não pus…
A verdade é que para andar cheio de nódoas não preciso de ir a uma festa onde emborcamos litros de cerveja, whisky, e outras bebidas espirituosas, para depois as vomitarmos na imaculada roupa branca que a nossa mãezinha lavou com Tide…
Para começar detesto lugares cheios de gente aos pulos…prefiro a Sensation Red de um bom ritual Maasai,onde só se pode entrar de Bermelho, e que, pelo menos, tem montes de gajas com as mamocas à mostra… (valha-me deus…)
…. e então ter que pagar um balúrdio para entrar num local de onde saio com dores de cabeça (da pastilha)… não, definitivamente não é para mim…
Para quem não me conhece, fica a saber que aqui o John já não põem os pés na disco há uns largos anos…não porque não curto ir à disco, mas porque o fígado já não é o que era…
Bom, mas então se não curto musica disco nem acho muita piada a essas coisas de Rave Party’s, qual a razão deste post??
A razão é que a famelga aqui do autor, começa a revelar-se com sendo verdadeiramente inspirada no que diz respeito à escrita… desta vez não é o meu querido sobrinho João Nuno lá nos seus passeios por Cambridge, mas a minha sobrinha Inês que no seu primeiro aninho como caloira em Lisboa, já anda na onda da escrita…
Sim, é 'esta' miúda esgrouviada que foi à pala à Sensation White porque, imaginem só, começou a escrever para o website dos Festivais de Verão… e aqui podem ler o seu report daquela festa meio maluca em que todos vão de branco… de notar a sorte que ela teve, pois a minha irmã tinha Tide em casa e conseguiu por a sua roupa mais branca que o próprio branco!!!....
…penso que o Tide terá alguma coisa a ver com isto…hummm…mas acho que o Omo é melhor…
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Gás Natural...tão natural como a sua sede...de vingança!!
Meus caros leitores, sejam vocês quem forem... eis-me de regresso a esta coisa de bloggar.
Então vejam só o que me aconteceu...
“Reclamação segue para:
L#####aGás
G#### E##### #####, AS
Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos
Direcção Geral do Consumidor
Razão da queixa:
Má informação, má prestação de serviço inicial, e resultantes atrasos na ligação e inspecção do serviço contratado, com onerações financeiras e sociais para o cliente.
Ex.mos Srs.:
Apresento a minha insatisfação relativa aos serviços da L######aGás, nomeadamente no que diz respeito a um novo contrato, com consequente ligação e reinspecção da instalação de gás no alojamento para onde me mudei no passado dia 1 de Maio.
Fui e sou cliente desta empresa no meu antigo apartamento (de que fui proprietário), sem nunca ter estado em falta para essa entidade e, sem ter qualquer tipo de reclamação quanto a esse serviço. Actualmente mantenho esse contrato activo até data a definir por troca com um possível novo utilizador do alojamento.
No entanto, por razões pessoais, fui obrigado a arrendar um apartamento em ##### - Aveiro, nunca fazendo prever os inconvenientes e transtornos sociais e financeiros que essa empresa agora me iria trazer.
No passado dia 20 de Abril pelas 09h00 desloquei-me à Loja do Cidadão em Aveiro, com a antecedência necessária, perdendo 1 hora de trabalho, para solicitar, junto da L######aGás a ligação de gás natural e consequente reinspecção da instalação de gás do novo apartamento, situado na Rua ############### r/c – L, 0000-000 Aveiro, e cujo contrato de arrendamento já se encontrava em meu poder.
Nesse dia, -20 de Abril -, e ao contrário do que sucedeu com os serviços de Água e Electricidade (que no dia seguinte estavam instalados) a funcionária de serviço informou que novos contratos só poderiam ser efectuados até 3 dias de antecedência ao inicio do contrato de arrendamento, neste caso 1 de Maio, uma vez que o anterior arrendatário não deu por terminado o seu contrato (como não o fez com os Serviços Municipalizados e com a EDP).
Portanto, teria de ser efectuado o contrato e solicitada a ligação e reinspecção no dia 28 de Abril.
A funcionária em causa garantiu a prestação do serviço no máximo de 3 dias úteis.
Com alguma margem de conhecimento dos serviços das entidades inspectoras e apesar da notória improbabilidade de se efectuar uma ligação em 3 dias úteis, mas não duvidando da eventual capacidade de organização da empresa prestadora de serviço, no dia 28 de Abril, perdendo mais 1 hora de trabalho, efectuei o contrato de prestação de serviço na referida Loja do Cidadão, sendo afirmado novamente, nessa altura e por outra funcionária, que a prestação do serviço se iria verificar no prazo de 3 dias úteis.
A ligação foi referenciada como urgente.
A verdade é que, no dia 4 de Maio, 4 dias úteis e uma semana depois de se ter procedido no dia 28 de Abril, na Loja do Cidadão, à celebração do novo contrato, conforme tinha sido predefinido por esses mesmos serviços em 20 de Abril, ainda não tinha havido qualquer intervenção ou contacto para a respectiva inspecção e ligação.
Antevendo um atraso normal, realizei uma ligação telefónica para o número 808 5### 3## (Atendimento Comercial da L#####aGás) por volta das 14h00, para determinar o estado de situação. Foi referido que tinha havido algumas situações que levaram a que o processo não tivesse o devido seguimento e que o mesmo iria ser tratado agora com a máxima urgência possível.
No dia 5, não tendo havido qualquer contacto em 24 horas, voltei a ligar para o mesmo número da L#######aGás pelas 14h00, e qual o meu espanto quando a operadora afirma que só na sexta-feira, dia 8, é que poderia fazer a marcação do serviço por disponibilidade de agenda, uma vez que provavelmente o meu processo tinha sido ultrapassado por outros.
Ora, estando a viver há 5 dias num alojamento que têm apenas aproximadamente 3 anos de existência, não podendo realizar qualquer tarefa que utilizasse gás, fosse cozinhar (e portanto, realizando refeições fora de casa com os respectivos custos financeiros associados) ou fosse realizar qualquer actividade de higiene pessoal com água quente, solicitei que a situação fosse desbloqueada o mais urgentemente possível, uma vez que tinha sido compromisso verbal da L######aGás realizar a ligação em 3 dias úteis.
A operadora solicitou a minha deslocação à Loja do Cidadão para tentar resolver a situação. Foi o que fiz ao final da tarde, tendo a necessidade, neste caso, de solicitar a colegas para me substituir nas horas extraordinárias necessárias à realização do meu trabalho.
Na loja foi-me confirmado que iriam fazer, apenas e só naquele momento, o agendamento para 6ª feira, dia 8 de Maio, entre as 14h00 e as 16h00, sendo inclusive necessária a minha presença no alojamento, pois não seria contactado da hora concreta de chegada da equipa de vistoria. Ou seja, teria de faltar mais 2 horas e meia ao trabalho (sendo meia hora perdida em deslocações).
Na sexta feira, dia 08, pelas 15h30, apareceram os inspectores para realizarem o seu trabalho... em 15 minutos... abriram a torneira do contador do gás, acenderam a placa e verificaram, com um medidor manual de CO se a ventilação do esquentador libertava esse gás na atmosfera da cozinha...este processo requereu 42 euros.
Portanto, e resumindo:
Pelos factos relatados, decorreram 19 dias entre a primeira tentativa de efectuar contrato com a L#####aGás (dia 20 de Abril) e a efectiva ligação de gás, sendo desses 19 dias, 7 em verdadeira vivência diária sem acesso a esse bem energético essencial, e porque, sublinho, tive o ‘cuidado’ de lembrar a empresa da urgência da prestação do serviço. Por outro lado, neste processo perdi 4 horas e meia de actividade profissional normal, mais 2 horas extras efectuadas por outras pessoas onerando-as em tempo extra de trabalho que deveria ser meu, mais os valores de refeições efectuadas fora de casa, mais o inconveniente de efectuar higiene pessoal com água fria...e por ultimo, pagando 42 euros para me abrirem a torneira do contador do gás, acenderem a placa e o esquentador verificando se este estava a libertar CO para a cozinha, com um medidor de mão, que apesar de caro, a este preço/tempo/inspecção, se paga numa tarde.
Lembro que, o apartamento em causa não permite a utilização de alternativa ao gás natural e, com muita pena minha, não posso sequer fazer ligações com botija de gás butano, pois o edifício não comporta esse tipo de ligações, uma vez que parece norma actualmente que os edifícios tenham que ser perfilados com instalação de gás natural ou outro, mas sem opção individual por fracção.
Não posso deixar de utilizar um certo sarcasmo, que advém da irritação que se acumula perante a incapacidade de encontrar alternativas para determinados serviços, ao afirmar que não estamos em situação de guerra ou perante uma outra qualquer crise social grave, o País não está na banca rota, não existe uma falta de combustíveis fosseis (para já), na verdade, não consigo perceber a razão de tal menosprezo de uma empresa perante os seus clientes, a não ser pela monopolização do mercado.
A verdade é que, não será só responsável por esta situação a L####aGás, como também as entidades inspectoras que, por um motivo completamente incompreensível, surgem como empresas independentes, sendo mais um elemento no sistema de distribuição de gás que vincula o consumidor final a elevadíssimos custos financeiros e sociais, ao não conseguirem realizar em tempo devido e de uma forma organizada as respectivas inspecções, que, arrisco-me a afirmar, muitas vezes até parecem duvidosas, conforme vão surgindo as diversas noticias de acidentes...e aliás, como foi observável.
Confesso que me senti (e ainda sinto) tentado a utilizar o velho dom português do ‘desenrasque’ fazendo ligações à minha maneira a botijas de gás butano, voltando atrás no tempo 20 a 30 anos, descorando a segurança que tanto se apregoa actualmente e pela qual se paga até 72 Euros (uma inspecção - 16% do salário mínimo nacional), mas por outro lado, e acima de tudo, conseguindo ter um certo grau de qualidade de vida exigível numa sociedade que cada vez mais exige dos seus intervenientes.
Parece-me ser essa a única alternativa para se ter a liberdade de escolha essencial numa sociedade que se diz democrática.
A monopolização de mercado seja de gás natural, ou seja de outro qualquer serviço que se possa designar de essencial – não luxo, é contraproducente em termos sociais (pelo mal estar criado pela situação), em termos de produtividade do País (pelas acumulação de horas de faltas ao trabalho que são dadas pelos clientes para resolver os problemas causados) e, em termos de segurança individual (promove atitudes de ‘desenrasque’), uma vez que coloca sobre total dependência o consumidor aos desígnios comerciais, e às politicas administrativas e financeiras que dai advêm, de algumas empresas.
Havendo esse monopólio, parece-me óbvio que é dever da empresa prestar o serviço em tempo útil, com a mínima oneração do cliente final. No entanto, não é isso que se verifica.
Felizmente uma das liberdades que me são conferidas constitucionalmente, e que ainda não me foi vedada, é a de poder exprimir o meu descontentamento. E posso afirmar que me sinto verdadeiramente frustado pela evolução que alguns serviços levaram nos últimos anos no nosso país, nomeadamente, aqueles que começam a colocar sobre dependência o cidadão comum aos virtuosismos das grandes empresas que detêm o monopólio de refinação e distribuição de energias fósseis, como este caso que apresento é apenas um muito pequeno exemplo.
Agradeço que façam seguir esta reclamação a quem de direito com o intuito de se tentar repensar alguns procedimentos administrativos de política empresarial, evitando que a situação relatada não se volte a repetir com outros consumidores.
Agradeço também uma informação para este e-mail ou para o contacto telefónico fornecido, para determinação do encaminhamento desta reclamação.
Muito obrigado"
E assim foi...
Agora com água quente para lavar os sovacos, espero que, com esta reclamação, não tenha o gás cortado dentro em breve.... vejamos o que irá acontecer.
Aconselho todos aqueles que sofreram, sofrem, ou venham a sofrer na pele algo idêntico ao que acabei de descrever, seja com o gás, a água, a luz, a gasolina, ou o que quer que seja, não hesitem....ponham-se a RECLAMAR É UM DIREITO QUE NOS ASSISTE....mas não reclamem por tudo e por nada não é???...