segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Resposta a comentário...

Este post é uma resposta ao comentário deixado no meu anterior post.

Sr. João Branco:

Agradeço o seu comentário, e consequentemente os desejos para que tudo corra bem com este meu ano.

No entanto, não posso deixar de marcar aqui uma posição, com todo o respeito por si e por todas as restantes pessoas que possam ler o meu blog... blogs que aliás servem na sua essência para isto mesmo: a discussão saudável de ideias.

Concordo consigo quando diz que hoje em dia, neste mundo novo que é a internet, todos nós podemos dizer o que quisermos, e o que nos vai pela cabeça, sem nos preocuparmos muito com as consequências disso. Será a verdadeira liberdade de expressão? Talvez...

Mas diga-me: não é incrível conseguirmos ter acesso aos pensamentos de tanta gente?...
A liberdade que lhes foi conferida pelos blogs ou por qualquer rede social virtual, permitiu criar um imenso mosaico de ideias, que, por si, determinam, na sua intersecção, o pensamento de um ou outro grupo, de uma ou outra sociedade...

Através da leitura dos inúmeros blogs podemos observar a orientação do pensamento de um grupo e mesmo de uma sociedade...

Infelizmente, e não só para si, muitas vezes não será muito aprazível o que se lê. Talvez seja por isso que não me admiro muito com o mundo em que vivemos, com todas as suas vicissitudes que, repito, para mim, me entristecem um pouco pela futilidade das mesmas...

Poderia até pensar que as críticas que se lêem sobre as instituições sociais, como é o casamento, ferem as convicções de muitos, e que a nossa liberdade acaba onde o respeito pelo próximo começa. Sim, seria verdade se quem absorve os nossos pensamentos não tivesse a faculdade e a liberdade de não o fazer.

Quem lê os blogs, lê porque quer, não por ser obrigado. Se muitas vezes nos magoa ler algumas coisas?... Sem dúvida, mas a verdade é que podemos fechar os olhos ao pensamento dos outros e refugiarmo-nos no nosso próprio mundo, ou então ler o que os outros nos têm para dizer e retirarmos as elações necessárias para podermos contribuir para que essas pessoas tenham a oportunidade de reflectir melhor sobre a sua visão do mundo.

Gostaria ainda de reforçar uma ideia que me parece ter sido mal compreendida:

Eu critiquei, e continuarei sempre a criticar a Igreja Católica, as instituições como o casamento e outras como tal, que, a meu ver, e sublinho, apenas têm uma componente social, onde a fé, o amor ou outro qualquer tipo de sentimento pessoal e altruísta não têm lugar.

Crítico a Igreja Católica, não a Fé Católica, critico a instituição, não o sentimento individual... da mesma forma que critico a necessidade do ‘contrato’ entre duas pessoas que é o casamento instituído (religioso ou civil), que hoje tem a sua vertente máxima, na retórica dos homosexuais sobre a igualdade de direitos que esse casamento lhes confere... darei a minha opinião futuramente sobre isso. Não desrespeito quem tem valores edificados nessas instituições, como é o caso da minha namorada, mas não deixo de criticar as mesmas pela falta de respeito pelo indivíduo que as constitui.

O meu post refere-se ao sentimento, e não à cedência a essa instituição que é o casamento. Se me vou casar pela Igreja, é porque o sentimento que nutro pela minha namorada é superior a qualquer tipo de convicção que possa ter contra o casamento. Casar pela Igreja é secundário.
Para mim bastava demonstra-lo como o faço agora, com palavras ditas todos os meses...

Mas se socialmente é importante a aplicação dessa instituição, eu respeito, e avanço para isso colocando de parte qualquer tipo de convicção, uma vez que o sentimento por ela é superior...

Não sei se percebe. Eu não mudei de ideias, ainda nada houve que me o fizesse mudar. O que aconteceu é que surgiu um sentimento superior às minhas convicções, de tal forma que as vou colocar num plano secundário. Elas não foram alteradas, estão lá e manter-se-ão até que alguém me prove o contrário. E isso ainda não aconteceu.

Mas quanto às criticas que possa ter sobre a Igreja Católica, leia um dos meus próximos posts pois irei dissertar em breve sobre algo que têm haver com tudo isto.

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