terça-feira, 10 de março de 2009

Realidade e Fantasia... limites perigosos II

Para quem ainda não leu o post anterior, passo a fazer uma breve introdução.

A ideia subjacente a estes dois posts é demonstrar o quão perigosa pode ser a nossa tecnologia informática e os mundos virtuais que são criados pela mesma.

Renovo o aviso que fiz no post anterior. Irão vivenciar através dos vídeos aqui colocados, algo de muito macabro, mas que se torna essencial para demonstrar a permissividade que já existe no nosso mundo face a coisas que não deveriam ser levadas com tanta leviandade. Falo como é óbvio da mistura existente entre a realidade e o mundo virtual promovido pela tecnologia....jogos, filmes e outras realidades alternativas.

Posso-me até considerar um tipo muito ligado à tecnologia informática, e tento tirar o máximo rendimento da mesma. Só que considero que tenho uma certa consciência dos limites desse produto Humano, e que, a tecnologia, existe para nos servir e não nos escravizar.

Um destes dias naveguei pelo You Tube e sem querer deparei-me com uns vídeos que os militares norte-americanos fizeram em ambiente de guerra, no Iraque e no Afeganistão. Sou apologista que as coisas não se devem esconder, acho que faz parte da construção individual conhecermos todos os factos e actos da sociedade humana, para não sermos cegos (conscientemente ou não) às consequências de tais actos.

O que me perturbou mais do que ver umas imagens reais de guerra, foi a ideia que me assolou ao ver tais vídeos...e estes são alguns dos que vi:

1:



2:



Impressionantes não são?... agora digam-me uma coisa... qual o real e qual o criado por jogos de computador?

É quase imperceptível, mas o vídeo 1 é elaborado por um jogo de computador chamado
'Call of Duty', onde qualquer um de nós pode-se imaginar a matar indiscriminadamente... o 2º é arrepiantemente verdadeiro...

O que torna isto macabro é a forma leviana em que estes jogos nos envolvem em matanças sem julgamentos de consciência. Acontece que, ao lêr os comentários dos indivíduos aos vídeos reais, começamos a perceber que, em grande medida, a maior parte das pessoas já considera o facto de eliminar fisicamente uma pessoa de uma forma real, como um acontecimento quotidiano sem grande significado, como será comentar um filme do Spielberg.

...E é com filmes destes, disponibilizados livremente na internet, que se acaba por incentivar os instintos mais básicos de cada um de nós...


..para quem acha irreal este último filme, não se deixem enganar...é mesmo real, e aquela arma existe...é uma arma automática de sistema Gatling inventado no século XIX, e amplamente usada em cenários de Guerra... é impressionante, mas quando pensamos que foi criada para trucidar pessoas pensamos que quem cria coisas daquelas, não merece comentários...

Sem comentários: